O embate entre Sporting e Benfica a contar para as meias-finais da Taça de Portugal não desapontou, com os leões a emergirem vitoriosos num confronto repleto de emoção e casos polémicos.
"Nunca tinha visto um jogo em que o primeiro remate que o Benfica faz é aos 58 minutos", observa ex-dirigente do Sporting.
O jogo, disputado em Alvalade, foi marcado por momentos de alta intensidade e decisões controversas da equipa de arbitragem e do VAR, mas no final, os pupilos de Rúben Amorim levaram a melhor e conquistaram uma preciosa vantagem para o encontro da segunda mão (2-1), no Estádio da Luz.
Pedro Gonçalves, um dos principais destaques da equipa leonina, foi o responsável por abrir o marcador para os leões com um cabeceamento certeiro à passagem do minuto 8, num momento que fez vibrar as bancadas de Alvalade.
O inevitável avançado sueco, Viktor Gyokeres, ampliou a vantagem leonina na reabertura do segundo tempo, tendo levado os adeptos sportinguistas ao delírio.
No entanto, o jogo mudou de figura quando Fredrik Aursnes conseguiu reduzir a desvantagem para os encarnados, trazendo novamente a emoção à partida.
Pouco depois, o VAR anulou um golo de Di María que poderia ter empatado o jogo para o Benfica, gerando alguma controvérsia entre os adeptos encarnados.
O Sporting, apesar da pressão, conseguiu manter a liderança até ao final do jogo, com Nuno Santos ainda a marcar um golo que também acabou por ser invalidado pelo VAR, levando os adeptos leoninos à beira de um ataque de nervos.
Na avaliação do jogo, o presidente do Grupo Stromp e ex-dirigente do Sporting, Carlos Barbosa da Cruz, não poupou nos elogios à equipa leonina e fez uma análise incisiva ao desempenho do Benfica.
"Eu já vi dezenas, talvez centenas, de Sporting-Benfica e Benfica-Sporting. Nunca tinha visto, que me lembre, um jogo em que o primeiro remate à baliza que o Benfica faz é aos 58 minutos e 29 segundos", começou por referir, em declarações na CMTV.
"E portanto, o jogo tem, a meu ver, duas fases. A primeira fase é em que o Sporting se superiorizou imensamente ao Benfica fruto não só da atitude dos seus jogadores mas dos equívocos táticos do Benfica", acrescentou Barbosa da Cruz.
Durante toda a partida ficou evidente, segundo Carlos Barbosa da Cruz, que os equívocos táticos do Benfica levaram a que uma equipa que custa "pouco mais de metade" da do Benfica conseguisse superiorizar-se.
"Os equívocos táticos levaram a que a equipa mais cara de Portugal fosse banalizada por uma equipa que custa pouco mais de metade da do Benfica", observou o sócio dos leões, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.
O ex-dirigente não deixou de salientar a inoperância do ataque benfiquista e a performance de jogadores como Aursnes, que, na sua opinião, foi desafiado com sucesso por Geny Catamo.
"Dava pena ver o Aursnes a levar cuecas do Geny Catamo e a inoperância do ataque do Benfica", rematou o o presidente do Grupo Stromp.
Por outro lado, Rúben Amorim, treinador do Sporting, reconheceu a justiça da vitória da sua equipa, apontando que "os números podiam ter sido diferentes".
"A vitória é justa. Os números podiam ter sido diferentes. Tivemos transições em que não decidimos bem. Controlámos a primeira parte. Ao contrário do último dérbi aqui em casa, mesmo o Benfica marcando, nunca perdemos o controlo do jogo", disse o técnico na ressaca do jogo.