O emocionante dérbi entre Sporting e Benfica na contar para as meias-finais da Taça de Portugal não deixou ninguém indiferente, tendo sido marcado por intensidade, lances polémicos e decisões táticas muito questionáveis.
"Na minha opinião, foi uma boa arbitragem. Tudo o que o árbitro decidiu foi bem decidido", reconhece antigo jogador do Benfica.
Na ressaca do confronto onde os leões, sob a batuta de Rúben Amorim, emergiram vitoriosos, as críticas não se dirigem apenas à arbitragem de Fábio Veríssimo, mas também à estratégia adotada por Roger Schmidt, técnico alemão do Benfica, que optou por prescindir de um ponta-de-lança tradicional.
Neste sentido, Álvaro Magalhães, ex-lateral dos encarnados, não se inibiu de expressar as suas opiniões sobre o jogo que ditou a desvantagem do Benfica para a segunda mão, na Luz, terreno que segundo o antigo jogador, o atual campeão nacional é favorito e terá todas a condições para dar a volta à eliminatória.
"O Benfica vai jogar em casa, jogar no Estádio da Luz não é fácil", começou por dizer o também treinador, em declarações ao jornal Record, citado pelo site 'Glorioso1904'.
Magalhães reconheceu a força do Sporting, mas ressalvou que o resultado não foi desastroso para a turma comandada por Roger Schmidt e que a eliminatória ainda está em aberto.
"Temos de reconhecer que o Sporting tem uma boa equipa, forte fisicamente. Tem uma grande equipa, mas o Benfica a jogar em casa… Este resultado não é mau. Podia ter sido pior. A eliminatória está em aberto", acrescentou o antigo jogador.
No entanto, foi nas críticas à opção tática de Roger Schmidt que Magalhães se alongou mais. O treinador alemão prescindiu de um ponta-de-lança de raiz na deslocação a Alvalade, optando por um ataque mais móvel com Rafa Silva como principal referência.
Para Magalhães, esta decisão foi um dos fatores determinantes na derrota do Benfica. O antigo lateral expressou ainda que, apesar de respeitar as ideias do treinador, acredita que o Benfica teria um melhor rendimento se os jogadores estivessem nas suas posições naturais.
"Falo como homem que passou por aquela casa. O treinador tem as suas ideias, mas o Benfica teria melhor rendimento se colocasse os melhores nas suas posições. Mas tenho de respeitar", observou o treinador português.
"Mesmo não jogando bem, a qualidade individual decide jogos. Esses jogadores como Di María acabam por fazer golo e por ganhar jogos", apontou Magalhães.
"O treinador tem as suas ideias e temos de respeitar. É evidente que temos a nossa opinião. O Benfica tem jogadores para jogar muito mais, se mudar o sistema tático. O Benfica tem jogadores para ter um futebol superior", disse ainda.
Além das críticas à tática adotada por Schmidt, Magalhães também abordou a arbitragem de Fábio Veríssimo. Embora tenha elogiado a atuação do árbitro, considerou que houve algumas decisões questionáveis, como o golo anulado a Di María pelo VAR.
"Na minha opinião, foi uma boa arbitragem. Tudo o que o árbitro decidiu foi bem decidido. O árbitro esteve bem, fez um bom jogo, não houve problemas", reconheceu.
"Na zona onde eu estava no estádio não consegui ver bem a jogada. Há muitas dúvidas. Houve ali um centímetro a mais, como aconteceu no lance anulado ao Sporting, que foi um grande golo e acabou por ser marcado fora de jogo", explicou Álvaro Magalhães.