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O clássico entre FC Porto e Benfica não só proporcionou uma reviravolta na classificação, mas também desencadeou ondas de entusiasmo entre os adeptos portistas e preocupação entre os benfiquistas.
"Eu não vou negar que estava à espera de uma mãozinha. Não contava era com a mão toda", assume conhecido adepto do Sporting.
A goleada aplicada pelo FC Porto deixou os adeptos azuis e brancos confiantes numa viragem positiva da equipa para o que resta da temporada época, enquanto os adeptos do Sporting, que também viram a sua equipa derrotar o Benfica recentemente na Taça de Portugal, observam a situação com satisfação, vendo a liderança no campeonato mais segura.
Apesar de ocupar o terceiro lugar na classificação, a recente performance do FC Porto, especialmente na goleada ao eterno rival, reanimou as esperanças dos adeptos azuis e brancos em alcançar objetivos mais ambiciosos nesta temporada.
A consistência e o domínio demonstrados pelos pupilos de Sérgio Conceição no clássico do passado domingo deixaram os adeptos portistas otimistas quanto ao desempenho futuro da equipa.
Do lado do Sporting, a liderança na Primeira Liga, aliada à derrota do Benfica no Dragão, oferece uma oportunidade adicional para alargar a vantagem, especialmente se os leões vencerem o jogo em atraso contra o Famalicão.
A perspetiva de manter a liderança no campeonato e consolidar a posição na corrida pelo título de campeão português deixa os adeptos leoninos confiantes e entusiasmados.
Neste sentido, Luís Campos Ferreira, antigo deputado e fervoroso adepto do Sporting, confessou na Antena 1 que estava a torcer pelo FC Porto no clássico, expressando a sua expectativa por uma "mãozinha" portista.
No entanto, a dimensão da vitória surpreendeu-o, provocando um misto de alegria pela derrota do Benfica e reflexões sobre o estado atual do futebol em Portugal.
"Eu não vou negar que estava à espera de uma mãozinha. Não contava era com a mão toda. Isso é que eu não contava", começou por dizer o adepto leonino, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.
O ex-deputado destacou de seguida a antipatia crescente em relação a Roger Schmidt entre os adeptos benfiquistas, apontando para a falta de empatia generalizada para com o técnico germânico.
"A questão de fundo relativamente a isto, se me permitem, começa a haver uma antipatia generalizada em relação ao treinador do Benfica", observou Campos Ferreira.
O treinador alemão, que conquistou o título de campeão nacional na sua primeira época em solo português, agora enfrenta uma onda de descontentamento, e Campos Ferreira espera que essa insatisfação não ultrapasse limites, respeitando o caráter meramente futebolístico das críticas.
"Que não ultrapasse zonas da vida que devem ser respeitadas por ser estrangeiro, que seja uma visão correta e meramente futebolística daquilo que ele é capaz", pediu o sócio verde e branco.
"Ele é treinador do Benfica mas nunca conseguiu ser treinador dos benfiquistas mesmo quando foi campeão. Nunca houve empatia generalizada", destacou.
As opções de Schmidt no comando técnico do Benfica têm sido alvo de intensa análise e descontentamento. A ausência de um lateral-esquerdo de raiz e a adaptação de um central nessa posição têm suscitado críticas, com Campos Ferreira a salientar a falta de planeamento da estrutura encarnada.
"O Benfica está sem lateral-esquerdo mas já vai no terceiro e todos eles caros, nesta época. Já vai na terceira compra e continua a meter um central, que até é bom central", frisou.
A gestão de opções, especialmente a utilização de três avançados, também foi questionada pelo conhecido adepto do Sporting, levantando dúvidas sobre o modelo de jogo do treinador alemão.
"São precisos três avançados para o modelo de jogo do Schmidt? Há mau planeamento e este mau planeamento tem impactos na questão financeira e no balneário", reforçou Campos Ferreira.
"Há erros de raiz que não sei se é só o treinador responsável", rematou.
O jogo no Estádio do Dragão revelou vulnerabilidades na defesa benfiquista, com o central Morato, adaptado a lateral-esquerdo, a ser alvo de críticas pela sua atuação frente a Francisco Conceição.
A derrota por 5-0 deixou marcas não apenas na tabela classificativa, mas também na reputação de Roger Schmidt, que agora enfrenta o desafio de reconquistar a confiança dos adeptos encarnados.
