O jornal digital Observador lançou recentemente um desafio aos seus leitores, com o intuito de celebrar os 50 anos do 25 de Abril.
"Branquear o percurso e a influência deste português e portuense é o esplendor máximo do centralismo", critica J. Marques.
A proposta do jornal consistia em selecionar os dez portugueses que mais marcaram as últimas cinco décadas. Com uma lista de cem personalidades notáveis, os leitores foram convidados a fazer a sua própria escolha dos influenciadores mais significativos após a Revolução dos Cravos.
Contudo, a iniciativa gerou controvérsia quando Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, não constou na listagem disponibilizada pelo jornal.
A exclusão de Pinto da Costa da lista causou indignação em Francisco J. Marques, diretor de comunicação e informação do clube portista, que expressou sua frustração através das redes sociais.
Marques criticou o 'Observador' por realizar uma lista prévia, que, segundo o sócio azul e branco, restringia a escolha dos leitores, comparando a abordagem do jornal a uma "eleição à Coreia do Norte".
"O jornal digital Observador decidiu por os seus leitores a escolher os portugueses mais influentes dos 50 anos pós 25 de abril de 1974. Mas como não confia nos próprios leitores, faz uma lista prévia, obrigando o voto a recair em quem o observador deixa votar, numa espécie de eleição à Coreia do Norte", começou por criticar o dirigente.
O conhecido sócio do FC Porto destacou a ausência de Pinto da Costa na lista, sublinhando a sua relevância como uma das figuras mais marcantes do Portugal contemporâneo.
"Mas o melhor mesmo é constatar que Jorge Nuno Pinto da Costa não consta na lista, não podendo, por isso, ser considerado um dos dez portugueses mais marcantes do pós revolução dos cravos", frisou.
"Jorge Nuno Pinto da Costa é claramente um dos portugueses mais marcantes do Portugal contemporâneo. Para uns, como eu, pela positiva, para outros pela negativa, mas sempre marcante, determinante e omnipresente em quase todos os anos dos últimos 50", observou J. Marques.
O diretor de comunicação dos dragões criticou ainda o 'Observador' por "branquear o percurso e a influência" de Pinto da Costa, considerando a exclusão uma manifestação de centralismo e falta de respeito para com os leitores.
"Branquear o percurso e a influência deste português e portuense não é só um toque totalitário, é o esplendor máximo do centralismo que tem a arrogância de tratar os leitores como atrasados mentais. Há sempre um dia em que a máscara cai e ao Observador caiu agora, com estrondo e sem glória", escreveu Marques nas redes sociais.
No contexto de um período eleitoral no FC Porto, Marques destacou a reação dos adeptos do clube da Invicta perante a situação, enfatizando que a exclusão de Pinto da Costa da lista não passou despercebida à família portista.
"O FC Porto vive um período eleitoral, com diferentes perspetivas para o futuro, mas sejam eleitores de Pinto da Costa ou não, não há um só adepto do FC Porto que fique indiferente a esta falta de respeito dos grandes educadores do povo que não nos perdoam continuarmos a resistir a Lisboa", observou.
"Já nos levaram tudo, mas o FC Porto há-de resistir sempre", rematou Francisco J. Marques.