O Benfica, sob o comando de Roger Schmidt, tem apresentado um futebol aquém do esperado e resultados inconsistentes, gerando dúvidas entre os adeptos sobre a continuidade do treinador alemão no comando das águias.
"O Benfica ganha jogos com uma dificuldade tremenda, frente a adversários que normalmente golearia", observa Manuel José.
A alta rotatividade no onze titular e as críticas à abordagem estratégica de Roger Schmidt têm sido temas dominantes nas discussões entre adeptos e observadores do futebol português.
No setor ofensivo, a estratégia tática do treinador alemão tem sido uma verdadeira dança de peças, com vários jogadores a experimentarem a titularidade no ataque encarnado.
Contudo, a ausência de uma referência fixa na frente de ataque em alguns jogos tem gerado debates sobre a eficácia desta abordagem, especialmente quando os resultados não correspondem às expectativas.
À medida que o Benfica se prepara para enfrentar o Sporting duas vezes consecutivas, para a Taça de Portugal e para o campeonato, o onze inicial dos encarnados permanece uma incógnita devido à constante rotação promovida pelo técnico alemão.
Manuel José, experiente treinador que já comandou Benfica e Sporting, projetou, em declarações à Rádio Renascença, o embate entre as duas equipas, salientando a força do Sporting sob o comando de Rúben Amorim.
"Se olharmos para o comportamento futebolístico e exibicional das duas equipas, o Sporting leva vantagem grande sobre o Benfica. O Rúben Amorim, neste momento, está a dar 10-0 a Roger Schmidt"
Manuel José criticou ainda a falta de exibições convincentes por parte do atual campeão nacional sob a orientação de Roger Schmidt, atribuindo parte da responsabilidade ao treinador alemão.
"O Benfica ganha jogos com uma dificuldade tremenda, com erros e frente a adversários que normalmente golearia. Não me lembro de uma exibição convincente do Benfica e as desculpas são mais que muitas", observou.
"Schmidt coloca um grau de responsabilidade em cima dos jogadores, quando é culpado pela maior parte das más exibições do Benfica", criticou.
Em particular, o treinador luso destacou o tratamento dado a Arthur Cabral, considerando-o o melhor avançado encarnado, mas subutilizado pelo técnico germânico.
"O melhor ponta de lança do Benfica é o Arthur Cabral, mas está a ser tratado de uma maneira que não faz sentido nenhum. E sem o Arthur Cabral, o ataque do Benfica parece um ataque cardíaco"
À medida que o dérbi se aproxima, Manuel José antecipa uma abordagem calculista por parte do Sporting, procurando capitalizar os riscos que o Benfica inevitavelmente terá de assumir.
Com o primeiro confronto a definir o tom para o encontro seguinte no campeonato, as expectativas estão ao rubro para águias e leões.
Este momento crítico na temporada do Benfica representa um teste crucial para a equipa de Roger Schmidt e para o próprio futuro do treinador no clube encarnado.
À medida que a luta pelo título se intensifica, os encarnados enfrentam a pressão de corresponder às expectativas dos adeptos e de reverter a maré de críticas que tem assombrado o seu percurso até ao momento.