"Os sócios do Benfica podem fazer o que quiserem. Schmidt está-se a borrifar completamente"

"Temos que trazer um andor para o Di María. Ninguém pode falar do Di María", critica Fernando Mendes.

Roger Schmidt, técnico alemão que conquistou o título nacional na sua época de estreia em solo português, enfrenta agora críticas devido aos resultados aquém das expectativas e ao desempenho oscilante da equipa, tanto no contexto nacional quanto no internacional.

A insatisfação dos adeptos tem-se refletido nas manifestações durante os jogos, com assobios nas bancadas e tarjas exigindo a saída de Schmidt no final da temporada.

Apesar disso, o clube emitiu um comunicado público demonstrando total confiança no treinador germânico. Embora a equipa tenha conquistado a Supertaça Cândido de Oliveira no início da temporada, os resultados menos favoráveis noutras competições têm intensificado a pressão sobre Schmidt.

"Ele deve ter três, quatro, cinco jogadores que tem medo deles. Isso é evidente"

A participação do Benfica nas competições europeias acrescenta uma carga extra ao trabalho de Schmidt, levando à discussão sobre a necessidade de uma maior rotatividade no plantel.

Observadores e comentadores há muito tempo que apontam para essa questão, destacando a tendência do técnico germânico em manter uma base de jogadores fixa na maioria dos jogos.

Fernando Mendes, antigo jogador e agora comentador desportivo, trouxe à tona a questão dos "intocáveis" de Schmidt, com destaque para Ángel Di María. Fernando Mendes criticou a relutância do treinador em substituir o argentino, apesar das necessidades táticas da equipa.

"Temos que trazer um andor para o Di María. Ninguém pode falar do Di María. Nada. Não leva amarelos, dá cabeçada nos árbitros, pode dar murros nos jogadores, manda-se para o chão uma séria de vezes e não há problema nenhum", começou por afirmar o comentador afeto ao Sporting.

"Ele (Schmidt) tem medo de o tirar. Ele tem medo de o tirar. O Di María já disse que não gosta de ser substituído", observou Fernando Mendes.

"Ele deve ter três, quatro, cinco jogadores que tem medo deles. Isso é evidente", assumiu.

O antigo jogador português referiu ainda o suposto acordo "invisível" que protegeria Angel Di Maria de sanções disciplinares, demonstrando a sua preocupação com a influência excessiva de alguns jogadores sobre as decisões técnicas.

"Quando o Di María veio para cá no contratado era 'meu caro amigo, tenho que jogar o máximo de jogos, não posso ser substituído, não posso levar cartões amarelos", destacou.

"O homem vem para aqui, vai ser a estrela do campeonato, não pode levar cartões amarelos, pode mandar-se para o chão...", frisou.

O ex-jogador lamenta ainda a aparente impotência dos sócios e adeptos para alterar esse cenário, destacando a firmeza de Roger Schmidt em permanecer enquanto o contrato estiver em vigor.

"Os sócios do Benfica podem assobiar, podem fazer o que quiserem. Ele está-se a borrifar completamente", observou.

"Paguem e ele vai embora. É o típico treinador. É a mentalidade deles, os alemães. São assim", finalizou, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.