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"A partir do abraço ao presidente, Conceição passou a ser o alvo a abater"

A atmosfera no FC Porto está repleta de intensidade, não só devido aos jogos decisivos no final da temporada, mas também por conta das eleições presidenciais iminentes que estão a aquecer os ânimos entre os candidatos.

"A partir do abraço ao presidente, Conceição passou a ser o alvo a abater"
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"Os jogadores que temos são os mesmo que deram 5-0 ao Benfica, observou Vítor Baía.

Esta dualidade de focos tem gerado debates fervorosos e críticas mútuas, refletindo-se não apenas nos corredores do clube, mas também no seio dos adeptos portistas.

Dois nomes ganham destaque neste cenário político e desportivo: André Villas-Boas, uma figura já conhecida pela sua ligação anterior como treinador dos Dragões, e Pinto da Costa, uma presença incontornável na história do clube e candidato ao seu 16º mandato.

A rivalidade entre ambos tem-se manifestado em discursos inflamados, dividindo opiniões não apenas entre os adeptos azuis e brancos, mas também entre os observadores do desporto.

"É muito difícil lidar com este terrorismo de comunicação"

Um dos temas centrais deste embate político tem sido a situação contratual do atual treinador da equipa principal, Sérgio Conceição, e a sua continuidade no comando técnico dos dragões após o término da temporada e, sobretudo, após o veredito final das eleições de 27 de abril.

Após uma série de resultados negativos no campeonato, a pressão sobre Conceição tem aumentado, manifestando-se até mesmo nas bancadas do Dragão, com lenços brancos exibidos pelos adeptos.

No entanto, em contraponto às críticas públicas, há vozes internas que se levantam para defender o técnico portista, como é o caso de Vítor Baía, vice-presidente do FC Porto e ex-jogador do clube.

Durante um evento de campanha de Pinto da Costa em Argoncilhe, Vítor Baía aproveitou a oportunidade para sair em defesa de Conceição, denunciando o que considera ser uma campanha de desestabilização contra o clube azul e branco.

"Tem sido muito difícil para nós todo este barulho. É muito difícil lidar com este terrorismo de comunicação. Vem de gente contratada com o efeito de desestabilizar o FC Porto. São pessoas sem rosto. Temos tentado blindar a nossa equipa", começou por dizer o dirigente portista, em declarações no jornal 'O Jogo'.

"O nosso treinador tem uma capacidade incrível, mas a partir do momento em que deu um abraço ao presidente na apresentação da candidatura, passou a ser o alvo a abater", observou Vítor Baía.

O vice-presidente do FC Porto destacou a unidade da equipa em lidar com as adversidades, apontando para a confiança nos jogadores e nas conquistas recentes do clube.

"Os jogadores que temos são os mesmo que deram 5-0 ao Benfica, que não passaram aos quartos de final nos penáltis, são os mesmos que acreditamos que vão ganhar a Taça de Portugal", salientou o antigo internacional português.

Vítor Baía também abordou a rivalidade com André Villas-Boas, principal opositor de Pinto da Costa na intensa corrida ao posto mais alto dos dragões, mencionando discordâncias passadas que remontam ao seu afastamento do FC Porto 2011.

"Nunca vi o FC Porto tão dividido. Saí em 2011 incompatibilizado com o mentor da campanha do André, Antero Henrique. Saí por discordar da política desportiva desse senhor. Tentou aproveitar um problema de saúde do presidente para ganhar poder", recordou.

"Transformou o FC Porto num entreposto de jogadores, que nos levou a estar sob a alçada do fair play financeiro. O que há do outro lado? Gente que quer denegrir o nosso trabalho, com uma campanha suja", rematou o dirigente do FC Porto.

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