A derrota do Benfica em Famalicão selou matematicamente o título para o Sporting, que celebrou a conquista do seu 20º campeonato nacional confortavelmente a partir do sofá.
Este desfecho marca o fim de uma temporada difícil para os ‘encarnados’, que viram o rival festejar após o seu próprio insucesso.
José Manuel Capristano, sócio do Benfica e ex-vice-presidente do clube, não escondeu a sua deceção em declarações à ‘Rádio Renascença’, descrevendo o jogo como "cruel" numa "época péssima", criticando a falta de "raça, garra e mística" que caracterizam o clube.
A prestação do treinador Roger Schmidt foi particularmente visada por José Manuel Capristano, que manifestou o desejo de ver o técnico alemão deixar o clube no final da época.
"Com a derrota do Benfica, sinceramente, via com muita alegria a saída dele. Não esquecendo o que ele fez no ano passado. Mas, na minha opinião, percebeu muito mal os jogos e durante os jogos está estático. Não tem sangue", afirmou.
Contrastando com esta visão, Nuno Magalhães, ex-secretário de Estado da Administração Interna e também benfiquista, expressou uma perspetiva mais moderada.
Em declarações na ‘Grande Jornada’ da da Sport TV, Nuno Magalhães defendeu que Roger Schmidt "faz parte de um projeto" e que a liderança do Benfica deveria ponderar o que foi e não foi alcançado pelo técnico esta temporada antes de tomar uma decisão precipitada sobre o seu futuro.
O sócio 'encarnado' apelou à calma, reconhecendo que, embora a imagem do Benfica esteja associada à derrota e a uma equipa que parece perdida, é importante lembrar que "o mundo não acaba".
Nuno Magalhães é de opinião que o Benfica não teve um desempenho bastante abaixo das expetativas no campeonato, mas foi ofuscado por uma temporada excecional do Sporting.
"É evidente que estamos tristes. O Benfica, na minha opinião, não fez um campeonato assim tão mau. O Sporting é que fez um campeonato muito bom", conclui.