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Manuel José sem mercado em Portugal, nem cansaço do estrangeiro

Manuel José, que esta temporada orienta o vice-campeão saudita Al Ittihad, não está cansado de trabalhar longe de casa, mas admite estar sem mercado em Portugal porque colocou “a fasquia elevada” em termos de objetivos desportivos e salariais.

Manuel José sem mercado em Portugal, nem cansaço do estrangeiro
Futebol 365

“Não, não estou cansado. É evidente que eu preferia ficar aqui, mas onde? Essa é que é a questão”, disse o treinador português, de 64 anos, quando questionado sobre se, ao iniciar uma sétima época consecutiva no estrangeiro, começava a sentir falta de estar em casa.

Depois de uma primeira passagem pelo Al-Ahly, em 2001/02, Manuel José voltou a orientar o crónico campeão egípcio entre 2003 e 2009, passando em maio de 2009 a ser selecionador de Angola, cargo que exerceu até fevereiro de 2010, após a participação na Taça das Nações Africanas (CAN2010).

Apesar de ter treinado alguns dos mais importantes clubes portugueses – como Sporting, Benfica, Sporting de Braga, Boavista, Belenenses, União de Leiria e Marítimo -, o técnico algarvio admite que neste momento não tem mercado em Portugal.

“Sim, acho que sim, um pouco isso. E eu próprio pus a fasquia elevada, porque, se eu tenho a possibilidade de andar nestes clubes, em clubes grandes, clubes de dimensão continental – neste caso num clube asiático, já estive noutro que foi considerado o clube do século no continente africano -, isto já não são muitos anos mais para treinar e portanto não vou treinar equipas para jogar para a Europa ou jogar para não descer de divisão”, afirmou.

E Manuel José aponta duas razões para não orientar equipas com aquele tipo de ambições: “Primeiro, porque, quando a gente se habitua a ganhar, quer é ganhar mais títulos. E, depois, até porque, em termos de salários, aquilo que eu ganho lá fora ninguém me paga aqui”.

Como tem a “possibilidade de treinar um clube grande, um clube enorme, e ter um salário muitas vezes superior” ao que poderia ganhar em Portugal, diz que “tem de se adaptar” a viver noutro país.

“Mas eu adapto-me, porque não tenho qualquer tipo de problema de adaptação”, sublinhou, no final do estágio de 20 dias que o Al Ittihad realizou na Praia d’El Rey, em Óbidos.

Fundado em 1927 em Jeddah, o Al Ittihad conquistou oito campeonatos da Arábia Saudita, o último dos quais conquistado em 2009, três taças sauditas, duas Ligas dos Campeões Asiáticas, uma Liga dos Campeões Árabes e uma Taça das Taças da Ásia, entre outros títulos.

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