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O panorama do futebol português sofreu uma reviravolta histórica com as recentes eleições para a presidência do FC Porto, que viram o fim de uma era de 42 anos de liderança de Jorge Nuno Pinto da Costa.
"Atrasar o inevitável é adiar a construção de um FC Porto mais forte", critica o novo Presidente dos Dragões.
O triunfo de André Villas-Boas nas eleições refletiu o desejo dos sócios azuis e brancos por uma mudança de rumo, inaugurando assim um período de transição e adaptação para o clube.
A passagem de testemunho entre Pinto da Costa e Villas-Boas não é apenas um momento de transição geracional, mas também representa o início de uma nova era de gestão e estratégia para o FC Porto.
Após tomar posse esta terça feira como o 32º presidente do clube azul e branco, André Villas-Boas discursou perante os adeptos na cerimónia de posse, onde não faltaram homenagens ao seu antecessor e algumas criticas à administração da SAD portista.
"Aos 32 anos tornei-me treinador do FC Porto, num ano mágico, e agora tomo posse como 32.º presidente do FC Porto, o que muito me orgulha. Hoje, damos início a uma nova era na história do nosso clube", começou por dizer o novo líder dos dragões, citado pela 'Rádio Renascença'.
"Uma era que terá o meu compromisso e o de todos os que integram a minha equipa para elevar o bom nome do FC Porto, vincado pelo sentido de exigência de todos os portistas e respeitando a importância do seu palmarés", acrescentou.
Villas-Boas recordou também o dia das eleições, que ficaram marcadas na história do FC Porto como a mais concorrida de sempre, onde votaram mais de 27 mil sócios portistas que ditaram a esmagadora vitória do antigo treinador dos azuis e brancos, com 80.3%.
Face a estes números, o novo presidente expressou a sua gratidão pelo apoio massivo dos sócios, sublinhando a confiança depositada no seu projeto para o clube.
"Desse ato restou a força e a certeza de que só há um Porto, o que nos define e aquele que defendemos. Iremos lutar por este clube juntos, do mesmo lado da barreira de modo a vencermos todos. Sinto-me honrado e orgulhoso por terem confiado e escolhido o nosso projeto para o clube", agradeceu Villas-Boas.
"De vós, sócios adeptos e simpatizantes do FC Porto, espero exigência e vontade de vencer. De mim, de toda a minha equipa, garanto-vos empenho, dedicação e amor ao FC Porto", garantiu.
A passagem de Pinto da Costa para Villas-Boas foi marcada por um misto de emoções, com o novo presidente a reconhecer o legado deixado pelo seu antecessor, levando os presentes a aplaudiram de pé o considerado 'presidente dos presidentes'.
"Não existem palavras para descrever ou até agradecer tudo o que fez pelo FC Porto Jorge Nuno Pinto da Costa. O presidente dos presidentes não é metáfora, é memória, respeito, gratidão, mas é sobretudo obra, vitória e glória", elogiou.
"Este é o FC Porto que vos deixo, cuidem dele. Jorge Nuno Pinto da Costa, assim o irei fazer. O seu legado é eterno e será sempre respeitado", frisou Villas-Boas.
No entanto, Villas-Boas não deixou de abordar questões delicadas e de deixar algumas criticas, nomeadamente ao adiamento da renúncia da administração da SAD do FC Porto.
"A vossa renúncia não seria jamais considerada como um ato de fuga, mas sim um ato nobre que vos elevaria. O clube não tem dois presidentes, tem um presidente eleito pela vontade expressa dos sócios numa mudança", criticou.
"Atrasar o inevitável é adiar a construção de um FC Porto mais forte e estou seguro que é isso que vossas excelências desejam", rematou André Villas-Boas.
