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"Em seis meses passou do tal 'Zé Ninguém' para o André para ser os espalha-brasas da seleção"

A continuidade de Francisco Conceição no FC Porto é atualmente um tema de grande interesse no panorama da imprensa desportiva portuguesa e de incerteza para a nova direção dos dragões.

"Em seis meses passou do tal 'Zé Ninguém' para o André para ser os espalha-brasas da seleção"
Depositphotos

"Quando o Francisco veio para o FC Porto, veio com menos de 65% daquilo que ganhava", enfatizou o antigo jogador dos dragões Jorge Amaral.

O jovem talento português, de apenas 21 anos, que regressou ao Dragão após uma temporada no Ajax, valorizou-se significativamente na última época, atraindo a atenção de vários clubes europeus na sua contratação.

Depois de um ano em Amesterdão, Francisco Conceição regressou ao FC Porto com o objetivo de relançar a sua carreira. Sérgio Conceição, então treinador dos dragões e também seu pai, rapidamente lhe entregou a titularidade na segunda metade da época, onde o jovem extremo correspondeu com golos e assistências cruciais.

As suas performances não só entusiasmaram os adeptos portistas como também lhe garantiram um lugar na seleção principal de Portugal e, a consequente chamada para o Campeonato da Europa que decorreu na Alemanha.

No Euro2024, sob a liderança de Roberto Martínez, Francisco Conceição destacou-se logo no primeiro jogo da Seleção Nacional, marcando o golo que garantiu a vitória da equipa das quinas contra a Chéquia.

"A percentagem do passe já existia no Ajax. Não foi metida agora"

Este desempenho do extremo que pertence aos quadros do FC Porto suscitou debates sobre se o jogador não deveria ser titular da equipa nacional, dada a sua capacidade de desequilibrar em jogos importantes.

Jorge Amaral, antigo jogador do FC Porto e agora comentador desportivo, comentou sobre a atual situação de Francisco Conceição e a sua possível saída do Dragão no decorrer do mercado de transferências de verão.

Em declarações na CMTV, Amaral recordou que, ao regressar ao FC Porto, Conceição aceitou uma redução salarial de cerca de 65%, demonstrando o seu compromisso e desejo de triunfar no clube azul e branco.

"Quando o Francisco veio para o FC Porto, veio com menos de 65% daquilo que ganhava. A percentagem do passe já existia no Ajax. Não foi metida agora. Portanto, já existia no Ajax. Não foi uma coisa agora feita", começou por explicar o antigo jogador dos dragões.

Esta decisão de reduzir o seu vencimento sublinha o objetivo de Francisco de se destacar com a camisola dos dragões. Amaral destacou que o jovem extremo conseguiu cumprir plenamente esse objetivo, transformando-se num jogador crucial para a equipa portista.

"Há um aumento de 17,5 para 20%. O Francisco, quando veio para cá, veio para tentar recuperar um determinado espaço e felizmente que conseguiu. Felizmente que conseguiu", observou o agora comentador desportivo.

Segundo a visão de Amaral, a evolução de Francisco Conceição no FC Porto foi meteórica. Em apenas seis meses, o jogador passou de ser relativamente desconhecido para um elemento essencial tanto no clube quanto na seleção nacional.

"Felizmente que em seis meses passou do tal Zé Ninguém para o André para ser os espalha-brasas da seleção. O que é muitíssimo bom em seis meses, não é? Acho eu que até rentabiliza um bocadinho", acrescentou o antigo guarda-redes do FC Porto.

Antes de dar por terminada a sua intervenção, Amaral enfatizou ainda a importância de Conceição para o esquema tático dos dragões, afirmando que uma possível saída seria um duro golpe para a equipa.

"Desportivamente, não é bom para o Porto. Porque o Francisco é importante. Claro que é importante", rematou Jorge Amaral.

A liderança da SAD azul e branca, agora sob a batuta de André Villas-Boas, não descarta a possibilidade de transferência do camisola 10. Esta decisão é, no entanto, complexa, dada a valorização do jogador e o seu impacto no campo.

A renovação de contrato de Francisco Conceição, que inclui uma percentagem de 20% numa futura transferência, foi um passo estratégico para assegurar o retorno financeiro em caso de uma futura venda.

A situação de Francisco Conceição no FC Porto é um exemplo clássico das complexidades envolvidas na gestão de talentos emergentes no futebol moderno. O clube enfrenta a difícil tarefa de equilibrar o desejo de manter um jogador chave com a necessidade de aproveitar oportunidades financeiras significativas.

Enquanto a janela de transferências permanece aberta, a especulação continuará. No entanto, o compromisso demonstrado por Francisco Conceição e o reconhecimento do seu valor pelo FC Porto sugerem que qualquer decisão será tomada com o máximo cuidado para beneficiar todas as partes envolvidas.

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