Negócio João Neves aguarda decisão do negócio Renato Sanches, segundo analisa o antigo internacional Maniche. O ex-jogador acredita que Schmidt não pensa em Renato Sanches para a sua ideia para a nova época.
João Neves já treina no Seixal sob as ordens de Roger Schmidt, mas o jovem internacional português pode estar de malas feitas para rumar para Paris.
Até ao momento, ainda não há 'luz verde' para o negócio ser oficial porque "há aqui uma obrigatoriedade de vender o João Neves em detrimento de receber o Renato Sanches", de acordo com o que analisa Maniche.
O antigo internacional português faz esta análise à luz daquilo que é o músculo financeiro do Paris Saint-Germain. "Eu não acredito que o Paris Saint-Germain tenha dificuldade em pagar 60 ou 70 milhões", disse Maniche, sobre o negócio João Neves.
Então, porquê que o negócio não conhece avanços? Para Maniche, há uma explicação no ar. "A dificuldade é incorporar outro jogador que provavelmente o Benfica não o quer. O treinador não o quer", referiu o ex-jogador, dando conta de que o treinador do Paris Saint-Germain mas também o do Benfica não pretendem Renato Sanches.
"O Luis Enrique não quer o Renato Sanches e o Roger Schmidt provavelmente também não o quer", apontou Maniche, em declarações na CNN Portugal, sobre um negócio que levanta dúvidas. "O Benfica vai ter um jogador de borla? Zero? Acredita quem quer", já disse Pedro Henriques, por exemplo.
Já Maniche não divide um negócio do outro. "Parece-me aqui que o João Neves é vendido também porque as pessoas que estão a negociar precisam de colocar o Renato Sanches. Esse é o ponto", vincou Maniche.
"Provavelmente, o Benfica não quer contratar ou ter o Renato Sanches numa negociação de João Neves que não tem nada que ver uma coisa com a outra. Mas a imposição desse intermediário pode querer dizer que não 'só o João Neves vai para o Paris Saint-Germain, se Renato Sanches vier para o Benfica'. Essa é a dificuldade", insistiu o antigo médio português.
Além disso, Maniche diz que não entende a necessidade do Benfica em transferir João Neves. "Porquê vender João Neves? Seria obrigatório?", perguntou o ex-jogador.
"É obrigatório, efetivamente, porque os custos do Benfica estão descontrolados. Isto é, as receitas são curtas face às despesas que o Benfica tem neste momento", admitiu o antigo centrocampista.
Mas Maniche reiterou a ideia que defende nesta altura em relação a este tema. "Os clubes enquanto são sujeitos a essas imposições dos compradores, dos intermediários, vão ser reféns até sempre enquanto não conseguem gerir o seu próprio clube", concluiu.