
Na passada terça-feira, os sócios do Vitória de Setúbal aprovaram a venda de duas parcelas de terreno do Complexo Desportivo do Bonfim, em Assembleia Geral realizada no pavilhão Antoine Velge.
O negócio foi aprovado com 179 votos a favor, 36 contra, um nulo e oito em branco. Esta decisão é crucial para o clube, uma vez que permitirá o cumprimento do plano de recuperação financeira (PIRE) recentemente aprovado pelos credores. David Leonardo, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Vitória, sublinhou a importância desta aprovação: “Sem a aprovação, o clube não teria condições para cumprir o plano de recuperação, o que inevitavelmente conduziria à sua liquidação e extinção.”
Após a apresentação e discussão do projeto imobiliário, a votação decorreu já depois da meia-noite. O líder da MAG destacou que a concretização do projeto urbanístico residencial ainda depende de licenciamento camarário. “Estamos certos de que a Câmara Municipal de Setúbal irá assegurar que o superior interesse do Vitória será conjugado com a defesa da malha urbana e as pretensões do adquirente”, acrescentou David Leonardo.
Além da deliberação sobre a alienação de bens imóveis, a Assembleia Geral também aprovou o relatório de gestão e contas do exercício de 2023, com 128 votos a favor, 14 abstenções e quatro contra. O orçamento de receitas e despesas para 2025 foi igualmente aprovado, com 201 votos favoráveis, 18 abstenções e um contra.
Atualmente, o Vitória de Setúbal compete na segunda divisão distrital da Associação de Futebol de Setúbal e é gerido por uma Comissão de Gestão presidida por Carlos Silva, após a ausência de listas candidatas nas eleições para os órgãos sociais do clube no triénio 2024-2026, realizadas em novembro.