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O Papa Francisco, falecido aos 88 anos, sempre foi um apaixonado por futebol, destacando o San Lorenzo e os argentinos Maradona e Messi como grandes referências do desporto que tanto amava.
O Papa Francisco, falecido esta segunda-feira aos 88 anos, nunca escondeu a sua paixão pelo futebol, assumindo-se como adepto do San Lorenzo e confessando que, apesar de ter "dois pés esquerdos", o desporto sempre ocupou um lugar especial na sua vida. Nas ruas de Buenos Aires, era frequentemente colocado como guarda-redes, papel que aceitava com naturalidade, conforme revelou na sua autobiografia "Esperança".
Natural da capital argentina, onde nasceu a 17 de dezembro de 1936, Jorge Bergoglio destacou o futebol como "o jogo mais belo do mundo", mantendo uma ligação estreita ao San Lorenzo, clube do qual era sócio número 88.235. O pontífice recordou os tempos em que assistia aos jogos no estádio Viejo Gasómetro, acompanhado pelo pai, ex-basquetebolista da equipa.
O seu amor pelo clube foi eternizado quando, em 2014, recebeu no Vaticano a comitiva do San Lorenzo, então campeão da Taça Libertadores, o troféu mais importante do futebol sul-americano. O momento ficou marcado como um dos mais felizes da sua vida, reforçando a ligação emocional ao clube. O novo estádio da equipa, situado no bairro de Flores, será batizado com o seu nome, uma homenagem póstuma ao "Papa Cuervo".
Entre as suas grandes referências no mundo do futebol, destacaram-se os argentinos Diego Maradona e Lionel Messi, mas não esqueceu a admiração pelo brasileiro Pelé, a quem considerou "um homem de humanidade muito grande". O futebol italiano prestou-lhe homenagem ao adiar todos os jogos agendados para o dia da sua morte, confirmando o impacto que teve além-fronteiras.
O San Lorenzo despediu-se do seu mais ilustre adepto com uma mensagem emocionada: "Nunca foi apenas um de nós e foi sempre um de nós. 'Cuervo' como rapaz e como homem. 'Cuervo' eternamente."
