Álvaro Braga Júnior considera que a sua destituição de presidente do Boavista, aprovada segunda feira por cerca de 200 sócios presente numa assembleia geral, “teve, inevitavelmente, efeitos negativos junto de futuros parceiros”.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o dirigente reagiu hoje pela primeira vez a essa decisão, aprovada na sequência de uma proposta apresentada por Olímpio de Magalhães, antigo presidente da mesa da assembleia geral do clube.
A proposta defendia que o clube devia ser liderado desde já por uma Comissão Administrativa, que será chefiada pelo advogado Eduardo Matos e tomará posse na sexta feira, mantendo-se Braga Júnior apenas como presidente da SAD ‘axadrezada’, com responsabilidades apenas sobre o futebol.
Os sócios deram luz verde à proposta e afastaram Braga Júnior do clube, fazendo cair a direção. Braga Júnior foi eleito presidente em junho de 2008 e reeleito em agosto de 2009.
“É sabido que à Boavista F.C., Futebol, SAD estavam a juntar-se várias entidades e pessoas. Levantar os impedimentos que não nos permitem inscrever jogadores e criar receitas para a época de 2010/2011 eram – como são – os objetivos prioritários”, aponta Braga Júnior.
O dirigente sustenta que “a decisão tomada na assembleia geral da passada segunda feira teve, inevitavelmente, efeitos negativos junto de futuros parceiros, abalando a sua confiança e maculando o projeto que lhes era apresentado”.
Há muito que a atual SAD boavisteira procura parceiros que a ajudem a superar a grave crise financeira que ameaça a sua sobrevivência.
Braga Júnior acrescenta que, “na mesma AG, a SAD foi várias vezes tratada como um parente pobre” quando, no seu entendimento, “(e no de muitos boavisteiros), é um lado importantíssimo da família Boavista”.
“O Conselho de Administração da Sociedade e todos os que com ele colaboram têm procurado limitar os estragos mas, em boa verdade, apenas no futuro será possível fazer um balanço, restando-nos esperar que seja positivo”, refere ainda o comunicado.
“Não posso deixar de anotar, contudo, que uma pretensa moção de censura não aponte um único facto objetivo que possa ser censurado. A situação é, no mínimo, bizarra. Não vou também incluir neste comunicado argumentos jurídicos que, eventualmente, serão discutidos noutra sede”, aponta.
O Boavista inscreveu-se no campeonato nacional de futebol da II Divisão-Zona Centro e, a exemplo do que fez na época anterior, na segunda divisão distrital da Associação de Futebol Porto.
Esta medida visa prevenir a possibilidade de não conseguir desbloquear os impedimentos que o impossibilitam de competir no Campeonato Nacional.