
O defesa espanhol Iván Marcano pode jogar o seu último jogo pelo FC Porto frente ao Al Ahly, no Mundial de Clubes.
O FC Porto enfrenta o Al Ahly na madrugada de terça-feira (02h00, hora de Portugal Continental), num jogo que poderá marcar não só a eliminação dos dragões do Mundial de Clubes, mas também o final da carreira de Iván Marcano. O central espanhol, de 37 anos, ainda não confirmou publicamente a sua decisão, mas, segundo informações avançadas pelo jornal O Jogo, a possibilidade de despedida está cada vez mais próxima.
Iván Marcano, capitão de longa data e símbolo de resiliência, soma 548 jogos como profissional, dos quais 267 com a camisola do FC Porto. Este registo coloca-o como o 29.º jogador com mais partidas na história do clube e o quinto estrangeiro mais utilizado, apenas atrás de figuras como Aloísio.
O plano inicial do defesa, delineado em conjunto com a família, apontava para a reforma no final desta temporada. No entanto, a sequência de 13 jogos consecutivos como titular e a resposta física acima das expectativas têm levado o jogador a reconsiderar a decisão. Marcano apenas não terminou três desses encontros, demonstrando uma forma física inesperadamente sólida para quem, há meses, duvidava da própria capacidade de continuar a competir ao mais alto nível.
A confiança depositada nele pelo treinador Martín Anselmi e pelo presidente André Villas-Boas, que já manifestaram o desejo de manter o espanhol no plantel em 2025/26, poderá influenciar a sua escolha. Descrito como o "central de gelo que nunca se rende", Marcano mantém o habitual silêncio sobre o futuro. Nem mesmo os colegas de balneário têm certeza sobre a sua decisão, embora o clube reconheça o seu valor técnico e humano num grupo cada vez mais jovem, onde a sua liderança continua a ser fundamental.
O desfecho no Mundial de Clubes poderá ser decisivo. Se o FC Porto vencer o Al Ahly e o Inter Miami derrotar o Palmeiras, os dragões ainda têm hipóteses de avançar para os oitavos de final, o que poderá adiar a despedida do veterano defesa. Caso contrário, o relvado do MetLife Stadium, em Nova Jérsia, poderá servir de palco para o adeus de uma das figuras mais discretas, mas marcantes, da história recente do FC Porto.