
Paul Scholes expressou o seu desagrado com a situação atual do Manchester United numa entrevista ao The Times. O antigo jogador destacou a falta de qualidade física de alguns atletas e alertou Ruben Amorim sobre a pressão por resultados.
Em entrevista ao jornal britânico The Times, Paul Scholes, lenda do Manchester United, não poupou críticas à atual situação do clube, onde atuou durante toda a sua carreira, somando 718 jogos e 155 golos entre 1992 e 2013. O antigo internacional inglês manifestou preocupação com o plantel sob a orientação do treinador português Ruben Amorim, sublinhando que vários jogadores não estão à altura das exigências da Premier League.
Scholes referiu-se especificamente a atletas como Casemiro, Luke Shaw e Harry Maguire, afirmando que, apesar de terem sido grandes jogadores, atualmente "desceram a um nível no qual não conseguem lidar com aquilo que é preciso". O ex-jogador destacou que "os corpos deles não são atléticos o suficiente, não são fortes o suficiente, não são rápidos o suficiente", evidenciando a discrepância entre a condição física dos jogadores do United e a dos seus adversários na liga.
Além de criticar o plantel, Scholes também dirigiu críticas a Ruben Amorim, alertando que, se os resultados não melhorarem, o treinador poderá enfrentar a perda do emprego. "Se não vences jogos, vais perder o emprego. Neste momento, estamos a chegar a esse ponto", afirmou, enfatizando a pressão que recai sobre o técnico.
O comentador desportivo não se ficou por aí, dirigindo atenções à estrutura do clube, que tem procurado contratar dirigentes do rival Manchester City. "Não me parece que o Manchester United devesse fazer isso", disse, referindo que a identidade do clube está em jogo. Scholes lamentou a falta de conhecimento sobre o que significa ser do Manchester United dentro da atual direção, destacando Darren Fletcher como uma exceção que ainda compreende essa cultura.
Com a pressão a aumentar, Scholes deixou claro que o futuro de Amorim e do plantel depende de uma rápida mudança de desempenho, refletindo a inquietação dos adeptos e a necessidade de restaurar a grandeza do Manchester United.