
Treinador do Benfica recusa o pessimismo após a quarta derrota consecutiva na Champions e aposta na recuperação, elogiando evolução coletiva e criticando o árbitro.
O Benfica voltou a perder na Liga Campeões, desta vez diante dos alemães do Leverkusen, e soma agora quatro derrotas em quatro jogos.
Apesar do desaire na Luz, José Mourinho destacou-se pela esperança e confiança na reviravolta: “Ninguém me vai convencer de que estamos fora [da fase seguinte]. A matemática é muito objetiva: há 12 pontos para jogar e são necessários à volta de nove. Este jogo convence-me de que podemos ganhar os pontos que faltam para nos podermos qualificar.”
Mourinho não escondeu o orgulho pela exibição da equipa, realçando a quantidade de oportunidades criadas: “Tenho de ver a maneira como a equipa jogou, muito confiante e com qualidade no jogo, a criar muitíssimas oportunidades de golo. Em condições normais, fazíamos um golo e ganhávamos.”
O técnico foi claro ao apontar erros na finalização e isentar o Samuel Dahl de culpa no golo sofrido: “Falhámos golos de baliza aberta, portanto, se formos falar de erros individuais, teríamos de falar de muita gente. [...] Dói no coração que um miúdo que fez um excelente jogo faz uma assistência para o golo do Bayer Leverkusen, que não fez nada para ganhar.”
José Mourinho foi igualmente crítico em relação à arbitragem: “Teve a complacência do árbitro na estratégia de antijogo. Quando existe antijogo, a culpa não é do treinador ou dos jogadores adversários, mas sim de quem o permite. O árbitro tem muito estilo, mas pouca qualidade.”
Por fim, reafirmou que ainda existe esperança na qualificação: “Não posso dizer que nos vamos qualificar, pois isso seria vender um bocadinho ‘banha da cobra’, mas recuso-me a acreditar que estamos fora. Se ganharmos Ajax e Nápoles, estamos completamente na luta.”