A FIFA desvalorizou a solicitação de Carlos Queiroz e disse ao antigo selecionador português de futebol que todo o processo que levou ao seu despedimento “é um assunto interno” e da “competência das autoridades de Portugal”.
Em resposta a uma participação feita por Carlos Queiroz, que pedia a este organismo que “investigasse a ingerência das autoridades públicas portuguesas” no processo que levou ao seu despedimento, a FIFA anunciou estar desvinculada de todo o caso.
“Recebemos uma carta do senhor Queiroz. A FIFA respondeu e lembrou ser tudo isso um assunto interno e da competência das autoridades competentes de Portugal”, disse fonte da FIFA à Agência Lusa.
A participação de Carlos Queiroz, de 23 de setembro, foi enviada em carta registada e endereçada ao secretário geral da FIFA, Jerôme Valcke, na qual constam os factos que, no entender do ex-selecionador, conduziram ao seu despedimento.
“Os factos mencionados na participação demonstram que há uma relação de causa efeito entre a intervenção do secretário de Estado [da Juventude] e do Desporto e o meu posterior despedimento e consequente perda do posto de trabalho”, disse Carlos Queiroz, nesse momento, em declarações à Lusa.
Carlos Queiroz foi castigado com seis meses de suspensão da sua atividade profissional por a ADoP ter considerado que perturbou a ação de controlo antidoping efetuada a 16 de maio, no estágio da seleção portuguesa na Covilhã, antes do Mundial da África do Sul.
Depois disso, o Tribunal Arbitral do Desporto aceitou um recurso de Carlos Queiroz, suspendendo momentaneamente a sanção imposta pela ADoP.
Contactado pela agência Lusa, o advogado de Carlos Queiroz, Rui Patrício, disse desconhecer qualquer resposta da FIFA.