O comité de candidatura de Inglaterra ao Mundial de futebol de 2018 retirou a queixa contra a Rússia que apresentou à FIFA, depois do responsável pelo projeto russo ter pedido desculpas aos ingleses pelas declarações polémicas.
Alexey Sorokin, um dos membros da candidatura russa à organização do Mundial de 2018, ao qual também concorrem conjuntamente Portugal e Espanha, fez várias críticas aos ingleses, destacando nomeadamente os altos índices de criminalidade e o elevado consumo de bebidas alcoólicas por jovens em Inglaterra.
A tensão vem subindo de tom nos últimos dias, à medida que se aproxima 02 de dezembro, data em que será conhecida a sede do Mundial de 2018, depois dos jornais ingleses terem também denunciado alegadas compras de votos entre a candidatura Ibérica e a do Qatar.
Depois do chefe das relações internacionais da candidatura da Rússia, Vyacheslav Koloskov, ter denunciado que a queixa de Inglaterra à FIFA era “absolutamente primitiva” e um sinal de “nervosismo”, quinta feira os responsáveis dos projetos inglês e russo encontraram-se e foram apresentadas desculpas formais.
“Vitaly Mutko reuniu-se com o líder da candidatura inglesa Geoff Thompson e pediu desculpas de forma honrada. Nós, claro, aceitámos e apreciamos o gesto. E agora queremos esquecer o assunto”, refere um comunicado da candidatura inglesa enviado à agência de notícias Associated Press.
Entretanto, mantém-se em decurso a investigação da FIFA depois das alegações de conluio e troca de votos entre a Candidatura Ibérica e a do Quatar, país que concorre ao Mundial de 2022.
A FIFA também já suspendeu preventivamente dois membros da organização por suspeita de envolvimento numa eventual venda de votos.
Além de Portugal e Espanha, Inglaterra, Rússia e Holanda/Bélgica são os restantes candidatos a receber o Mundial de futebol de 2018.