A SAD do Benfica fechou nas contas da época desportiva futebolística de 2009/2010 com um proveito de 66 milhões de euros, um salto de 19,5 milhões comparativamente a 2008/2009.
Apesar do aumento significativo dos proveitos, a SAD “encarnada” teve mais 12 milhões de custos que em 2008/2009, totalizando 72 milhões de euros, 38,2 dos quais destinados à massa salarial, verba muito semelhante à época anterior (37,1).
Nos resultados líquidos, as contas de 2009/2010 registaram um prejuízo de 18,9 milhões de euros, reduzindo quase a metade o registado em 2008/2010, que chegou aos 34,8 milhões.
No relatório enviado à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), o Benfica apresenta uma receita de 15,1 milhões de euros no que respeita a bilheteira e venda de cativos, um número sem paralelo no futebol português (na temporada anterior arrecadou 8,4 milhões).
Em publicidade e patrocínios entraram nos cofres da SAD “encarnada” 14,3 milhões de euros, embora tenha arrecadado um pouco menos em direitos de transmissões televisivas (8,8 milhões, contra os 10 milhões encaixados em 2008/2009), uma queda que se pode explicar pelo início das transmissões da Benfica TV, que acompanhou alguns dos jogos da pré-época.
O Benfica deixou também de estar em falência técnica depois de passar a ter capitais próprios positivos, agora na ordem dos 7,4 milhões de euros, embora continue ao abrigo do art. 35 das sociedades comerciais, que obriga a que os capitais próprios sejam superiores a metade do capital social da sociedade (115 milhões de euros).
No reforço do plantel, o Benfica investiu 37,1 milhões de euros, recebendo por transferências uma mais valia de aproximadamente 18 milhões, valor que contabiliza a venda de Angel Di Maria ao Real Madrid mas que ainda não tem em conta a saída de Ramires para o Chelsea, que já entra na contabilidade relativa a 2010/2011.