O subintendente Henriques Fernandes, da PSP/Porto, assegurou hoje que o jogo de futebol de “elevado risco” entre FC Porto e Benfica, domingo, no Dragão, irá ter “tolerância zero” para eventuais desordeiros.
A chegada, sábado, do autocarro do Benfica ao Porto constitui a principal preocupação das forças policiais, que irão ter em conta os acontecimentos registados na última época para melhorar o dispositivo.
Henriques Fernandes garantiu que a PSP, bebendo da experiência do último clássico para a Liga, montou um dispositivo que visa evitar que se repitam os apedrejamentos e arremesso de garrafas com tinta contra o autocarro do Benfica.
Sem precisar o número de agentes envolvidos na operação, que na última época rondou os 500, nem como irá a PSP monitorizar a deslocação ao Porto, o subintendente assegurou que serão os meios que considera adequados.
“A PSP espera ser uma das boas equipas intervenientes no evento”, disse Henriques Fernandes, durante a conferência de imprensa de apresentação das medidas de segurança para o FC Porto-Benfica, da 10.ª jornada da Liga de futebol.
O responsável pelo policiamento para o clássico recordou que o jogo, mesmo sem a envolvência do da última época, na parte final do campeonato e a coincidir com a Queima das Fitas, no Porto, continua a ser de “risco elevado”.
Henriques Fernandes apelou ao bom senso dos responsáveis pelas equipas intervenientes no sentido de “promoverem o fair-play e o respeito pelo adversário, enquanto parceiro de um mesmo espetáculo, de forma a não incentivar os arruaceiros”.
O responsável espera que tudo “corra com alguma tranquilidade” e, tirando os aspetos da chegada do autocarro do Benfica, adianta que as medidas no acompanhamento dos adeptos ao Dragão serão idênticas aos da última época.
O clássico irá provocar alguns condicionamentos temporários em artérias e locais de estacionamento nas imediações do Estádio do Dragão, que abrirá as suas portas às 18:15, duas horas antes do início do jogo.
Henriques Fernandes recomenda aos espetadores que se desloquem com tempo para o estádio, preferencialmente usando transporte público, em especial o metro, e que não sejam portadores de objetos proibidos.
“Não levem guarda-chuvas, capacetes de motorizada e artigos pirotécnicos, como petardos e tochas”, disse o responsável, recordando que “quem for apanhado com explosivos incorre num processo-crime”.
Apesar das medidas, e do reforço do número de Assistentes de Recintos Desportivos (ARD) previstos para o Dragão, Henriques Fernandes reconhece que o sistema não é infalível e que acaba sempre alguma coisa por passar na revista.
“Só se os espetadores fossem ao estádio de fato de banho é que era mais fácil controlar”, gracejou Henriques Fernandes, recordando que “quando algo corre mal são sempre as forças policiais que são postas em causa”.
O dispositivo de segurança montado para o clássico integra diferentes valências policiais, entre as quais se destacam pelotões operacionais, equipas de intervenção rápida, da divisão de trânsito e corpo de intervenção.