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O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, considerou que a vantagem “anormal” do FC Porto na liderança da Liga Zon Sagres é “confortável” e “para manter”, mas obriga o clube a redobrada atenção.
O Portimonense é o próximo adversário dos “dragões” e o principal desafio posto à equipa algarvia no domingo é saber da possibilidade de tirar pontos ou impor a primeira derrota da época ao FC Porto.
No entender de André Villas-Boas só a “imprevisibilidade” e o “caótico do futebol” é que permite “chegar à 10.ª jornada com o campeão nacional atrasado 10 pontos e o Sporting a 13 relativamente ao primeiro”.
“Espero que o nosso lado negro não aconteça, mas pode ainda acontecer”, referiu André Villas-Boas, considerando que o FC Porto tem cumprido com os seus objetivos para esta época, mas os outros é que têm falhado.
Quanto ao “lado negro”, Villas-Boas explicou que o FC Porto pode ficar quatro jogos sem vencer e permitir o encurtamento da diferença, presentemente de 10 pontos, e dar esperança aos mais diretos seguidores.
“É importante que a gente se mantenha alerta e continue na senda das vitórias já com o Portimonense. Faltam quatros jogos da Liga até final do ano e eu gostava de conseguir manter esta distância”, defendeu.
Villas-Boas recordou que a diferença de 10 pontos do primeiro para o segundo à passagem da 10.ª jornada é inédita (com a vitória a valer três pontos) e que, apesar de confortável, requer a máxima atenção.
“Continuar a vencer é o único lançamento que posso fazer para o jogo de domingo”, defendeu Villas-Boas, que pretende capitalizar frente ao Portimonense os reflexos da goleada aplicada ao Benfica, mas sem deslumbramentos.
O treinador diz que o plantel tem de lutar contra isso e estar alerta: “O nosso objetivo final está por atingir. Não podemos menosprezar o Portimonense, principalmente num jogo a seguir ao clássico. Não podemos deixar fugir a oportunidade de somar mais três pontos”.
Questionado sobre o que sentia pela ausência do FC Porto na Liga dos Campeões, Villas-Boas considerou que o sentimento de frustração que ficou da última época pode ser transformado em grito de revolta para a atual.
“O FC Porto que não está na Liga dos Campeões é o do ano passado, não é este. O nosso desafio na Liga Europa será mostrar capacidade quando as equipas vierem da Liga dos Campeões”, disse André Villas-Boas.
Para o treinador, “só aí se vai ver se o FC Porto é digno dessa competição”.
