«Acredito que a última jornada estará esquecida», Paulo Sérgio

Paulo Sérgio referiu que a equipa precisou de dois dias “para se endireitar da pancada que levou”, lembrando que foram avaliados por “15 minutos de mau trabalho”, em que se “estragou a boa recuperação” que o Sporting vinha a fazer na tabela classificativa.

“Houve 48 horas de difícil digestão. Procuramos mostrar o que fizeram de bom nos primeiros 45 minutos. Recuperámos animicamente a equipa e preparamo-la taticamente para esta partida. Acredito que a última jornada estará esquecida”, disse em conferência de imprensa.

Sobre a expulsão de Maniche na última partida, o treinador referiu que o jogador tem “consciência do erro grave que cometeu” e espera que o médio “regresse mais forte” depois do castigo, pois tem “qualidade para ajudar o grupo”.

O treinador disse que a equipa tem que entrar em Coimbra “com confiança” para vencer a partida, deixando elogios à equipa orientada por Jorge Costa.

“Vamos defrontar uma boa equipa, bem organizada e com valores seguros do nosso futebol. Temos que fazer a nossa parte, ser competentes, confiantes no nosso valor e trabalhar para vencer a partida”, afirmou.

Com a equipa a 13 pontos do líder FC Porto, Paulo Sérgio referiu que o importante é “procurar vitórias e pontos”, fazendo as contas no fim da competição.

“Temos muitas batalhas pela frente e temos é que procurar vitórias, não adianta olhar para os lugares da classificação. É muito mau estar a esta distância à 10.ª jornada, demérito nosso e também mérito do líder, que só não fez dois pontos”, referiu.

Em relação ao facto de a equipa ter perdido dois jogos depois de se ver em inferioridade numérica, frente ao Gent e Vitória de Guimarães, o técnico explicou que a situação é treinada.

“Disse ao grupo que se o Guardiola viesse aqui com os seus jogadores durante a semana fazer 12 contra 10 no nosso meio campo, tenho a convicção de que em 15 minutos não nos fazia golo, pelo que os jogadores demonstram no treino, mas em competição não o fizeram com o realismo que se exigia. Não juntaram as linhas com eficácia e não desconfiaram do que o Vitória podia fazer”, salientou.

Sobre a ausência de Izmailov, o técnico referiu que tem “pena”, pois o médio russo tem “muita qualidade para ajudar a equipa”.

“Eu gostaria de treinar o Marat. É uma pena, tem muita qualidade para ajudar a equipa, mas tem sido uma dificuldade desde o início. Se soubéssemos que não o teríamos o ano inteiro, talvez nos tivéssemos reforçado com outro jogador para a posição”, referiu.

Paulo Sérgio referiu ainda que, em princípio, não deverá ter reforços no mercado de inverno.

“A equipa precisa de reforçar-se, mas em princípio não o fará. Existe rigor na gestão da direção, que não entra em loucuras e não arrisca o que não pode arriscar. É público o que queria e pedi, mas não me vou queixar de nada. Tenho confiança nos que cá estão”, concluiu.