Liga Zon Sagres: Gaitan marca dois na goleada do Benfica à Naval 1º Maio

O brasileiro Alan Kardec aliviou a pressão sobre o campeão nacional ao inaugurar o marcador aos 10 minutos, mas o Estádio da Luz só se tranquilizou com os golos do avançado argentino, aos 47 e 62, já depois de os visitantes terem acertado por duas vezes no poste da baliza “encarnada”.

O recém-entrado Nuno Gomes fechou aos 89 minutos a contagem de um jogo que permitiu ao Benfica recompor-se da goleada por 5-0 sofrida frente ao líder FC Porto, perante um adversário desinibido, que justificou tanto a obtenção de, pelo menos, um golo, quanto os lisboetas os quatro que marcaram.

O Benfica deixou a companhia do rival Sporting e voltou a juntar-se ao Vitória de Guimarães, refazendo o duo perseguidor do FC Porto, que recebe hoje o Portimonense no fecho da 11.ª jornada e pode recolocar a sua vantagem em 10 pontos.

Privado de Luisão, Maxi Pereira e Carlos Martins, suspensos na sequência dos estragos sofridos no Estádio do Dragão, e de Javi Garcia, lesionado, o treinador Jorge Jesus optou por apresentar um “onze” pouco habitual, com as entradas de Rúben Amorim, Airton e Gaitán e o regresso de Saviola.

A Naval procurou capitalizar as fragilidades do Benfica e Fábio Júnior construiu a primeira oportunidade de golo, contornando a defesa lisboeta antes de desferir um poderoso remate, que o guarda-redes Roberto, no limite da elasticidade, desviou para canto.

O Benfica não poderia ter sido mais eficaz na resposta, com Alan Kardec a marcar aos 10 minutos o quinto golo em nove jogos realizados esta época, empurrando para a baliza uma assistência, à segunda tentativa, do insistente Saviola.

O golo benfiquista, marcado quando ainda nada o justificava, não quebrou o ânimo dos visitantes, apesar de terem passado por um calafrio aos 17 minutos, quando uma combinação notável com Saviola colocou Aimar perante Salin, que saiu de forma oportuna ao encontro do médio argentino.

Após mais um “encontro” entre Aimar e Salin, de novo favorável ao guarda-redes figueirense, a Naval ficou a centímetros do empate aos 22 minutos, na sequência de um livre preciso de Hugo Machado, que ultrapassou Roberto, mas foi desviado pelo poste da baliza anfitriã.

O encontro prosseguiu de forma animada, com remates perigosos junto das duas áreas, o mais desafortunado dos quais foi desferido aos 40 minutos por Carlitos e esbarrou de novo na oposição do poste esquerdo da baliza do Benfica.

O golo do Benfica foi mais precoce e mais espetacular na segunda parte, marcado aos 47 minutos por Gaitán, com um remate de primeira à entrada da área, na recarga a uma primeira tentativa de Aimar a que Salin se opôs.

O argentino Salvio, um dos melhores do encontro, ameaçou o 3-0 no lance seguinte, mas “resignou-se” ao cruzamento para Gaitán “bisar”, com uma entrada de rompante aos 62 minutos, já depois de Kardec ter sido substituído por Jara, devido a lesão.

O influente Aimar, que esteve por várias vezes perto de marcar, atirou ao poste visitante aos 74 minutos, mas bastaram três minutos em campo para Nuno Gomes fixar o 4-0 aos 89, aproveitando um atraso pouco prudente para Salin e a atrapalhação do guardião da Naval.