O diretor geral da candidatura de Portugal e Espanha ao Mundial de futebol de 2018, Miguel Ángel López, mostrou-se muito satisfeito com o relatório da comissão de avaliação da FIFA, hoje divulgado.
“Estamos muito contentes com o relatório da FIFA, mas não é uma surpresa para nós, pois sabíamos que éramos fortes”, afirmou à agência Lusa Miguel Ángel López.
A comissão de avaliação da FIFA analisou a candidatura ibérica em agosto e setembro, numa visita que terminou na capital lusa.
“Em resumo, somos, entre as candidaturas europeias (as outras são a Inglaterra, a Rússia e a conjunto de Holanda e Bélgica), a que menos temos de investir”, explicou o dirigente espanhol.
Dos quatro candidatos, Portugal e Espanha só têm de investir “cerca de dois mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros), enquanto a Rússia tem de investir quase o dobro – 2,8 mil milhões de dólares (2,1)”.
Miguel Ángel López destaca também a estimativa de bilhetes vendidos, item em que a candidatura ibérica lidera, com quase 3,7 milhões, contra 3,4 dos ingleses, 3,3 de Holanda e Bélgica e 3,1 dos russos.
“A nossa candidatura cumpre também claramente as exigências em termos de capacidade hoteleira (85 000 “camas” oferecidas, contra as 60 000 exigidas)”, disse à Lusa o diretor geral da candidatura ibérica, lembrando que, por exemplo, a Inglaterra “não cumpre” esse requisito.
O dirigente afirmou também que a FIFA elogia a capacidade de transportes, nomeadamente os três aeroportos e o comboio de alta velocidade (TGV), bem como o apoio do governo, um “ponto muito importante”, e a capacidade organizativa.
“Este relatório dá-nos mais esperança de que sejamos os escolhidos. Penso que a FIFA vai tomar a decisão correta”, resumiu Miguel Ángel López.
Para o diretor geral, são igualmente importantes várias iniciativas da candidatura ibérica, como o jogo de hoje, na Luz, em que os jogadores de Portugal e Espanha vão entrar em campo com as camisolas da candidatura.
“É importante, pois é um jogo que vai ser visto em todo o Mundo, terá grande audiência internacional”, disse, lembrando que nas jornadas do último fim de semana de novembro os clubes dos dois países também vão ter iniciativas de apoio, antes dos respetivos jogos.
Fora do âmbito do relatório, Miguel Ángel López lembrou também um estudo de um jornal inglês, que dava vantagem à candidatura ibérica, atribuindo-lhe oito votos, contra sete da Inglaterra e cinco da Rússia.
“São os ingleses que o dizem”, frisou à Lusa, finalizando: “Limitámo-nos a trabalhar. Foi um trabalho intenso e seria muito bem ter um prémio no final, a organização do Mundial de 2018”.