O presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional reafirmou hoje a necessidade de promover uma “reforma absoluta” no setor, que passa pela profissionalização e pela criação de um “órgão regulador único”.
“O atual modelo está obsoleto. É preciso uma reforma absoluta desde a base”, exigiu Vítor Pereira, perante uma plateia de alunos do curso de Administração e Gestão Desportiva da Universidade Autónoma de Lisboa, entre os quais Marco Fortes, recordista nacional do lançamento do peso.
O presidente da CA da Liga de clubes voltou a defender a profissionalização da arbitragem, exemplificando com a Liga norte-americana de basquetebol profissional (NBA): “Que sentido é que faz ter árbitros amadores numa competição profissional?”, questionou.
Durante a aula aberta subordinada ao tema “O árbitro enquanto agente desportivo na preservação da ética”, Vítor Pereira apontou o doping, a corrupção e a violência como as principais ameaças ao primado da ética no setor.
Vítor Pereira observou que as declarações de Lucílio Baptista após a final da Taça da Liga de 2009, entre o Benfica e o Sporting, nas quais o árbitro reconheceu ter marcado uma grande penalidade inexistente a favor dos “encarnados” não teve um efeito positivo.
“Não resultou, como se viu. Explicar os erros não resulta porque o que as pessoas querem é que os árbitros não errem”, sustentou, apesar de prometer novo balanço das arbitragens na Liga Zon Sagres e Liga Orangina “por volta da 15.ª jornada”.
À margem da aula aberta, o presidente da CA da Liga de clubes garantiu a presença de um árbitro internacional no jogo do próximo sábado entre o Sporting e o líder FC Porto, da 12.ª ronda do campeonato, sem especificar qual.