Jesus diz que passagem aos oitavos de final passa por vitória em Telavive

“Nos primeiros 30 minutos, esperamos um ritmo elevado do nosso adversário, mas estamos muito confiantes e este jogo é quase uma finalíssima. A verdadeira final vai ser com o Schalke 04, mas o nosso apuramento passa sempre por vencer amanhã” [quarta feira], disse Jesus, na conferência de imprensa de antevisão do jogo.

O técnico assegurou que todos “têm consciência” da importância do jogo para os objetivos do Benfica, adiantando que este será o “último jogo fora e que o apuramento passa muito por amanhã”, não deixando de lembrar o percurso “100 por cento” vitorioso na Europa, no estádio da Luz, e a necessidade de corrigir os erros registados nas derrotas na Alemanha (Schalke 04) e em França (Lyon).

“São jogos diferentes. Vamos corrigir alguns defeitos desses dois jogos e procurar não os cometer, sabendo que são três as equipas para as duas primeiras posições. Importante é só pensar no jogo de amanhã. Tudo será diferente e, nessa perspetiva, será um jogo difícil”, acrescentou.

Reconheceu que o Hapoel “é uma equipa muito mais forte no seu estádio”, e exemplo disso foi o jogo frente ao Schalke, no qual os israelitas “não ganharam por acaso”.

“Teve sempre várias oportunidades de golo e, sabendo do valor do Schalke, dá para ver que o jogo será complicado. Do meio campo para a frente tem jogadores rápidos, tem intensidade nas suas movimentações. Temos essa consciência e capacidade para controlar, não só essa qualidade, mas também para pôr em prática as nossas qualidades técnicas e táticas”, assegurou.

Jorge Jesus sublinhou que o “Benfica tem uma ideia de jogo e um modelo de jogo” e “normalmente a equipa muda pouco”, pelo que vai manter esse princípio em Israel. “Temos um plano A e um plano B, mas variamos também em relação aos objetivos de jogo para jogo. Amanhã a nossa forma de jogar é a que apresentamos em 90 por cento dos jogos”, esclareceu.

Acentuou que “os jogadores têm a consciência que o jogo é determinante” para os objetivos do Benfica e que sabem “tudo o que têm de fazer'' frente à equipa israelita, com a “consciência de que nesta competição não se podem cometer erros de pormenor” e de que um triunfo deixa os ‘encarnados’ dependentes de si próprios.

O técnico campeão nacional escusou-se ainda a revelar se o avançado paraguaio Óscar Cardozo vai jogar a partida frente ao Hapoel, remetendo uma resposta para a ''hora do jogo''.

“Cardozo, como o próprio disse, esteve dois meses parado e não tem a intensidade normal, como se estivesse a treinar com os colegas. Mas está a treinar sem limites. Clinicamente está a 100 por cento. Fisicamente pode não estar mas, como treinador, também sei que só posso ter o Cardozo mais rápido se lhe der mais tempo de jogo. Tudo se pode colocar, de forma positiva ou negativa. Vou decidir até à hora do jogo”, afirmou.