A Federação Internacional de Futebol (FIFA) reagiu hoje à difusão de um documentário da BBC, a acusar de corrupção três dos seus membros, lembrando que o assunto evocado está “definitivamente encerrado”.
Num documentário difundido na segunda-feira pela BBC, o jornalista Andrew Jennings, que há uma década investiga alegadas questões de corrupção na FIFA, diz ter documentos exclusivos sobre pagamentos efetuados pela “International Sports and Leisure” (ISL).
A ISL era uma sociedade de marketing que conseguiu exclusividade de direitos em vários campeonatos do mundo de futebol, até ter encerrado em 2001.
Segundo o jornalista, documentos internos da ISL referem-se a 175 pagamentos ilegais feitos entre 1989 e 1999, num total de 100 milhões de dólares, que alegadamente teriam servido para corromper três altos dirigentes da FIFA: Ricardo Teixeira, “patrão” do futebol brasileiro, Issa Hayatou, presidente da Confederação africana (CAF), e Nicolas Leoz, presidente da Confederação sul-americana (Conmebol).
A FIFA afirma hoje em comunicado que as questão relativas ao assunto ISL remontam a já alguns anos e “foram tratadas pelas autoridades competentes da Suíça”.
“No seu veredito de 26 de junho de 2008, o tribunal penal de Zoug não condenou nenhum responsável da FIFA”, acrescenta aquela organização desportiva internacional.
“É importante lembrar que este assunto diz respeito a acontecimentos que tiveram lugar antes do ano 2000 e que não houve nenhuma condenação relacionada com a FIFA. O inquérito e o assunto estão definitivamente encerrados”, conclui a FIFA.
Os três dirigentes acusados participam na quinta-feira na escolha pela FIFA dos países que vão organizar os campeonatos mundiais de futebol de 2018 e de 2022.