O diretor geral da Candidatura Ibérica à organização do Mundial2018 em futebol acredita numa “vitória apertada” na votação de quinta-feira dos 22 membros do Comité Executivo da FIFA e sublinha que “não haverá goleadas”.
“Não sei quantos votos vamos ter. Os ingleses dizem que temos oito votos garantidos. Oxalá que seja assim. O que tenho claro é que vai ser uma vitória muito apertada. Não haverá grandes goleadas. Será uma vitória, ou uma derrota, muito apertada, mas não penso em derrotas”, afirmou o espanhol Miguel Ángel López Garcia, em declarações à Agência Lusa.
O responsável pela Candidatura Ibérica disse estar seguro de que a decisão está tomada entre os responsáveis da FIFA com direito a voto, não havendo por isso “indecisos”, nem decisões de última hora.
“São apenas 22 pessoas que votam e penso que todos eles têm decidido o voto há algum tempo. Há um ano e meio que estas pessoas ouvem falar do Mundial. O Comité Executivo reúne-se uma vez por mês. Estou convencido que falaram entre eles e devem ter o seu voto decidido. Não creio que haja indecisos. Não são eleições gerais”, explicou.
A 24 horas do anúncio oficial do país organizador do Mundial2018, Miguel Ángel Lopez garante que a confiança é a palavra de ordem nas hostes ibéricas, porque se trata da melhor candidatura: “O estado de espírito é tranquilo, com plena confiança nas nossas possibilidades porque a nossa candidatura é muito boa”.
A confiança de Lopez é expressa nos argumentos de peso que a Candidatura Ibérica vai realçar na derradeira apresentação perante o Comité Executivo da FIFA, a partir das 09:00, em Zurique.
“Temos infraestruturas que mais ninguém tem, uma estrutura hoteleira muito importante para albergar a família da FIFA, estádios que nenhuma outra candidatura tem. Oferecemos 3,7 milhões de bilhetes. Uma realidade que mais ninguém oferece. Por isso, estou muito confiante”, sublinhou.
Para o responsável espanhol, os rumores sobre eventuais conluios envolvendo a Candidatura Ibérica foram rejeitados pela FIFA porque nunca apareceram quaisquer provas e porque o seu único propósito era “manchar” a candidatura mais forte das quatro que estão na corrida pela edição 2018 do Mundial de futebol.
“A própria FIFA teve de atirar a toalha ao chão, porque não tinha provas. E não as tinha, porque não as havia. Não havia nenhum pacto com nenhuma candidatura por parte da Candidatura Ibérica. Isto foi feito por pessoas que tinham interesse em manchar a nossa candidatura porque sabiam que a nossa candidatura é muito forte, como diz o relatório da FIFA”, explicou.
O responsável acrescentou que, “no final, o que conseguiram foi um efeito ‘boomerang’” que pode assim explicar parte do êxito da Candidatura Ibérica. “Fizeram-nos uma publicidade gratuita imensa, porque no final provámos a toda a gente nos perguntou o que tínhamos e podemos explicar que o que temos é algo de muito forte e especial''.
Além da Candidatura Ibérica (Portugal/Espanha), concorrem à organização do Mundial2018 as propostas da Inglaterra, Rússia e a candidatura conjunta da Bélgica/Holanda. Ao Mundial2022, concorrem as candidaturas do Qatar, Estados Unidos, Japão, Austrália e Coreia do Sul.