O selecionador português, Paulo Bento, considerou hoje que a candidatura ibérica era a desportivamente mais forte à organização do Mundial2018 de futebol, mas deu os parabéns à Rússia, que vai acolher a prova.
“Se me perguntarem qual era a candidatura mais forte para o Mundial2018 em termos desportivos, pelo que fizeram as duas seleções, pelo que fazem os clubes nas maiores competições - a Espanha a uma dimensão diferente -, era a candidatura ibérica. Mas temos de felicitar as outras candidaturas”, disse.
Para Paulo Bento, “as candidaturas apresentam as suas propostas”, mas “os critérios são decididos pela FIFA e, por algum motivo, decidiu a África do Sul em 2010 e por algum motivo escolheu também a Rússia e o Qatar”.
“Se os critérios são só desportivos ou não, não sei dizer. Deve haver, naturalmente, outros critérios, mas esses quem os tem de dizer é a FIFA, não sou eu”, considerou o treinador, acrescentando que a candidatura ibérica sai de “consciência tranquila” deste processo.
Após a decisão da FIFA em atribuir a organização do Mundial2018 à Rússia e a edição de 2022 ao Qatar, Paulo Bento adiantou que “não se trata de desilusão”, mas sim de “um objetivo que não foi conseguido, mas que foi tentado da melhor maneira possível, dentro de um otimismo moderado”.
“Havia confiança, havia ilusão pelo que tinha sido feito pelas pessoas da candidatura, mas acabou por não chegar a bom porto. Havia entre todas as candidaturas um respeito pelas outras. Há que felicitar as que foram escolhidas e tentar noutra altura”, referiu.
Do ponto de vista desportivo e segundo o selecionador, “o não ganhar a candidatura implica uma fase de qualificação”, mas adiantou que neste momento apenas pensa na fase de apuramento para o Euro2012.
“O meu pensamento está em outubro de 2011 e, no máximo, novembro de 2011. Só assim podemos chegar a junho de 2012 ao Europeu”, concluiu.