O primeiro-ministro russo classificou hoje de ''inaceitáveis'' as acusações de corrupção divulgadas pelos media ingleses, posição que o levou a faltar à cerimónia do anúncio da candidatura à organização da fase final do Mundial2018, atribuída à Rússia.
''Houve gente acusada de corrupção. Foram acusados sem razão alguma, sem fundamento'', disse Vladimir Putin, acrescentando ter-se tratado de ''um meio de pressão sobre os membros da FIFA''.
O governante russo acrescentou que a sua ausência na cerimónia, que decorreu em Zurique, na Suíça, foi precisamente para evitar colocar pressão nos membros da FIFA.
''Nós chegámos à conclusão de que deviamos dar aos membros da FIFA a possibilidade de tomar a decisão sem pressão externa e de maneira objetiva. Foi por isso que disse ao ministro dos desportos russo, Vitaly Mutko, que transmitisse aos membros do Comité Executivo da FIFA a minha maneira de ver as coisas'', disse Putin, em conferência de imprensa realizada em Zurique, para onde viajou logo que foi conhecida a decisão.
Numa eleição que contou ainda com a candidatura ibérica, o grande derrotado do dia foi mesmo a Inglaterra, eliminada na primeira ronda e que, apesar de ter um projeto classificado por todos como muito sólido, saiu logo na primeira volta, com apenas dois votos.
Apesar daquele resultado, Vladimir Putin saudou o grande derrotado do dia como ''um grande país do futebol''.
''Na Rússia não tememos os adeptos de futebol ingleses. A Inglaterra perdeu e nós ganhámos, mas esperamo-vos em 2018 e faremos o necessário para que os adeptos de futebol ingleses possam vir até nós'', afirmou.
Na ocasião, Vladimir Putin referiu-se também à candidatura ibérica, que considerou uma séria adversária e uma ameaça real, devido às inúmeras vantagens que apresentava e com o único inconveniente de ser conjunta.