O prazo para apresentação de listas para as eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), marcadas para 05 de fevereiro, expira hoje, devendo o escrutínio contar com apenas uma candidatura, liderada por Horácio Antunes.
Tudo aponta no sentido de que hoje apenas dê entrada nos serviços da FPF a lista encabeçada pelo presidente da Associação de Futebol de Coimbra, que se apresenta pelas 17:00, no auditório da seda do organismo.
Segundo os responsáveis garantem, a lista dispõe do número de votos necessários para ser aceite no escrutínio (25 por cento do total de 500 votos da Assembleia Geral).
O facto de os estatutos da FPF ainda não terem sido alterados e adequados ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas, o que forçou o Governo a suspender parcialmente o estatuto de utilidade pública da FPF, afastou da corrida eleitoral alguns potenciais candidatos.
Entre estes contam-se o atual presidente, Gilberto Madail, e o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara, cujo apoio o Benfica tornou público.
A apresentação da lista de Horácio Antunes, apoiada e corporizada por algumas associações distritais, não significa, porém, que as eleições se realizem em 05 de fevereiro.
Isto porque a Liga de clubes e mais alguns sócios da FPF convocaram uma AG para 29 de janeiro, para aprovar novos estatutos, adequando-os ao Regime Jurídico, o que requer uma maioria qualificada de 75 por cento. Sexta-feira, este movimento estava a 16 votos dos 375 necessários.
A aprovação dos novos estatutos levaria a maioria que os votou a “requerer de imediato a suspensão do ato eleitoral em curso” ao presidente da AG, revelou à Agência Lusa uma fonte do grupo de associações que considera “inoportuno e desajustado” realizar eleições em 05 de fevereiro com os atuais estatutos.
A mesma fonte associativa adiantou que, mesmo que Avelino Ribeiro insistisse na realização das eleições a 05 de fevereiro, como tem feito, aquela maioria “daria entrada com uma providência cautelar em tribunal para que este anulasse as eleições”.
O escrutínio também pode ser anulado pelo Tribunal Arbitral requerido pela Liga, que já indicou em sua representatividade Gustavo Gramaxo, professor de Direito da Universidade Lusófona, enquanto se mantém um “braço de ferro” entre a direção da FPF e o presidente da AG em relação ao segundo nome a indicar para aquele tribunal.