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A imprensa espanhola destaca hoje a eleição de José Mourinho como melhor treinador do Mundo de 2010, atacando porém a decisão da FIFA em entregar a Bola de Ouro ao argentino Messi.
“Dois gigantes e um anti-espanhol”, lê-se na manchete da Marca, com fotos dos dois galardoados sobre uma mais pequena, de Blatter, responsável da FIFA e um dos mais criticados na imprensa espanhola.
A eleição de Mourinho – que também foi de algum modo inesperada, por se ter antecipado que o vencedor seria o treinador da seleção espanhola Vicente Del Bosque – acaba por ficar marcada pela polémica em torno à escolha do jogador.
O jornal considera que a entrega da Bola de Ouro a Messi é “injusta”, publicando sondagens que discordam totalmente da decisão da FIFA.
O mesmo tipo de análises marca a restante imprensa desportiva e até alguma da generalista.
O El Economista, por exemplo, publica hoje um artigo fortemente crítico da FIFA, que intitula: “A grande mentira da Bola de Ouro: Messi, Blatter e o caos da FIFA”.
Nesse artigo, o jornal considera que a atribuição do troféu a Messi “rompe a própria estatística” do prémio – que em anos de mundial sempre reconheceu um jogador que se tenha destacado no torneio.
“Viola mais que nunca os seus já instáveis critérios de votação”, refere o artigo, questionando se pequenas federações como as Seicheles devem ter o mesmo peso que outras, onde o futebol assume muito mais relevo.
“Para muitos não, mas para a FIFA sim. Especialmente para Blatter, que apoia a sua constante reeleição como presidente precisamente no apoio destas pequenas federações e não de outras como a espanhola, que viu como, num par de meses, leva o seu segundo ataque: nem Mundial de 2018 nem Bola de Ouro”, conclui.
