O treinador André Villas-Boas disse hoje que o FC Porto espera uma Naval “organizada”, “motivada” pela vitória em Guimarães, na última jornada da Liga Zon Sagres, e “empenhada na fuga à despromoção”.
André Villas-Boas, que falava na conferência de imprensa de antevisão do jogo de domingo com a formação da Figueira da Foz, referiu que a Naval, agora orientada por Carlos Mozer, “está diferente”.
“Se for a Naval que observamos em Guimarães está mais agressiva, quer defensiva que ofensivamente, e motivada, dado que, depois de condenada muito cedo, ambiciona fugir da despromoção”, disse.
O treinador realçou o facto de a Naval ter alcançado em Guimarães, “num terreno habitualmente difícil, o seu primeiro triunfo fora da presente temporada, apesar de atuar com 10 jogadores”.
Apesar da evolução registada no adversário, Villas-Boas afastou o “cenário negro” de o FC Porto poder vir a perder pontos com a Naval, considerando que os “dragões” têm “competência suficiente para ganhar”.
Villas-Boas pediu aos adeptos o apoio incondicional à equipa e desvalorizou qualquer tipo de intranquilidade, contrapondo com o facto de o FC Porto ter sido considerado, em dezembro, a melhor equipa do mundo.
“Nós é que criamos um patamar elevado que os adeptos querem cobrar, com mais ou menos legitimidade, mas se estão à espera de ópera de 5-0 em todos os jogos é melhor partirem para outra”, referiu.
O treinador alertou para a necessidade de haver “empatia total entre a equipa e os adeptos” – que “devem pensar melhor no que estão a exigir” - e desvalorizou qualquer pretenso mau momento dos “dragões”.
Ainda de acordo com Villas-Boas, os adeptos têm que ser “lúcidos em relação a mensagens enganosas” e reiterou o “sucesso e regularidade da equipa”, embora alerte para “dificuldades que se possam atravessar”.
Villas-Boas desvalorizou a exibição menos conseguida com o Pinhalnovense, considerando que o adversário estava “motivada, com jogadores experientes, e que o FC Porto teve 29 remates à baliza e duas grandes penalidades por assinalar”.
Villas-Boas reafirmou o desejo de concretizar o “objetivo de ser campeão” ressalvando, no entanto, que nada é ainda adquirido e apontou o exemplo do Chelsea que, de quase bicampeão antecipado, corre o risco de não ir à UEFA.
“Tudo pode acontecer”, defendeu o treinador dos “dragões” – que lideram a Liga com oito pontos de vantagem sobre o segundo classificado (Benfica) – considerando que o FC Porto “é a melhor equipa”.
O treinador defendeu que o plantel “tem imensas soluções que permitem manter a regularidade exibicional e isso traduz-se no rendimento coletivo”.
André Villas-Boas apontou, a título de exemplo, o caso de Walter, que “é o jogador com menos minutos que mais golos tem marcado e, em termos de análise estatística, não deve haver igual na Europa”.
O treinador saudou o regresso de Falcao, que juntamente com Hulk e Varela alarga o leque de soluções ofensivas, e, questionado sobre os novos reforços do Benfica, afirmou, “sem qualquer tipo de desrespeito”, desconhecer.