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Taça Asiática: China ficou fora da taça e provocou decepção em Pequim

Mesmo os chineses que não sabem inglês percebem o significado das três letras com quatro centimentos de altura impressas a amarelo sobre fundo negro na primeira página de hoje do principal jornal desportivo do país: “OUT”.

Taça Asiática: China ficou fora da taça e provocou decepção em Pequim
Futebol 365

Pela decepção estampada na imagem que acompanha a manchete do semanário Titan (uma fotografia do selecionador nacional, Gao Hongbo, a sair do campo) vê-se que a China falhou a qualificação para os quartos de final da Taça Asiática.

No derradeiro jogo da fase de grupos, disputado hoje de madrugada (hora de Pequim), a China empatou (2-2) com uma das melhores equipas do torneio, o Uzbequistão, e segundo o Titan, efetuou mesmo a sua melhor exibição.

Mas o Qatar, que já tinha ganho à China, venceu o Koweit (3-0), e assegurou a qualificação, juntamente com o Uzbequistão, a única seleção invicta do grupo.

Este desfecho contrasta com o otimismo inicial da seleção chinesa, a mais jovem de sempre, que encarava esta competição como um ensaio para o Mundial de 2014.

Disputada de quatro em quatro anos por 16 seleções, a atual edição da Taça Asiática decorre no Qatar até 27 de janeiro.

Coreia do Sul, Japão e Austrália são apontados como os principais candidatos ao título, mas como há quatro anos, quando o Iraque se sagrou campeão, poderá haver surpresas.

Há menos de um ano, pela primeira vez em 28 jogos, a China venceu uma das grandes potências futebolísticas do continente, a Coreia do Sul, e por 3-0.

Em junho, num jogo de preparação para o Mundial 2010, a China obteve outra vitória encorajadora ao vencer a França por 1-0 e já no Qatar, ao estrear-se na atual edição da Taça Asiática, bateu o Koweit por 2-0.

No segundo jogo, porém, “afundou-se”, como comentou a imprensa chinesa acerca da derrota frente ao Qatar, por 0-2.

Num editorial publicado hoje, o Titan apela à “Reconstrução da Jovem Seleção” e a avaliar pelo ponto de interrogação impresso a vermelho sobre o nome de Gao Hongbo, a expressão “OUT” também poderá aplicar-se ao selecionador nacional.

A média de idades dos jogadores chineses – três dos quais do Beijing, equipa dirigida pelo técnico português Jaime Pacheco – ronda os 24 anos e apenas um joga fora do país, no clube alemão Schalke 04.

A profissionalização do futebol na China também é um fenómeno novo: começou apenas em 1993, depois do Partido Comunista Chinês se ter convertido à “economia de mercado socialista”.

“Eles estão a descobrir agora o futebol. Não têm a qualidade técnica dos europeus, mas nota-se que querem aprender”, disse Jaime Pacheco à agência Lusa.

A primeira e única vez que a China se qualificou para um Mundial foi em 2002, na Coreia do Sul.

A qualificação, celebrada nas ruas de Pequim, elevou o ''orgulho nacional'', mas então como agora no Qatar, os resultados foram dececionantes: a China perdeu os três jogos que disputou, sem marcar um único golo.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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