O Sporting goleou hoje o Penafiel (4-0), num encontro, da segunda jornada do grupo D da terceira fase da Bwin Cup, cujo momento chave foi a fífia do guarda-redes Márcio Ramos no primeiro golo.
Os “leões”, quase certos nas meias finais, chegaram ao intervalo a vencer por 1-0, com um golo de João Pereira “caído do céu”, só possível graças a um erro grosseiro do guarda-redes suplente do Penafiel, que, com tempo e espaço para meter a bola longe da sua área, endossou-a a Lidson, para este assistir o colega de equipa.
A influência deste erro - Márcio Ramos entrou a substituir o titular Wilian, que se lesionou nos primeiros instantes - quase em cima do intervalo foi determinante no sentido em que obrigou o treinador da equipa penafidelense a arriscar na segunda parte, quiçá prematuramente, intenção essa desde logo exposta com o sacrifício do lateral esquerdo Ginho por um médio (Vítor), recuando no terreno o ala esquerdo Stéphane.
Enquanto na primeira parte a equipa nortenha defendeu com o bloco baixo, com os setores próximos uns dos outros, a sair com alguma facilidade para as transições ofensivas, sentindo-se muito confortável assim, na segunda jogou cara a cara com o Sporting, em todo o campo.
Pese embora o atrevimento, a verdade é que, estendendo o jogo a todo o campo, começou a abrir muitos espaços na retaguarda, fazendo a vontade ao Sporting, cuja qualidade individual dos seus jogadores acabaria, como sucedeu, por fazer a diferença.
Aos 71 minutos, o chileno Valdés assinou o segundo golo de grande penalidade, cometida sobre Liedson, e o destino da partida ficou praticamente selado a partir daí.
O Penafiel ainda teve a possibilidade de reentrar no jogo, aos 75 minutos, quando Wesllem completamente isolado em posição frontal à baliza permitiu que Tiago fizesse a defesa da noite, quando deveria ter tentado driblá-lo, opção que teria grandes hipóteses de culminar em golo ou penalti.
No último quarto de hora, o Sporting geriu confortavelmente a vantagem e ampliou-a mesmo, pelo suplente Zapater, aos 83 e 90+1, castigo pesado para um Penafiel que nunca se entregou e que até ao segundo golo não foi inferior, o que é sintomático da modesta exibição “leonina”.
Mais uma vez, revelou preocupante carência de soluções – o que tem sido uma constante nos jogos em Alvalade – perante um adversário bem posicionado defensivamente durante a primeira parte, mas longe de ser um opositor agressivo e pressionante.
Com dois médios defensivos lateralizadores como são Pedro Mendes e André Santos, que raramente penetram no espaço defensivo do adversário para criar desequilíbrios, com um Vukcevic pouco empenhado, que de vez em quando “acorda” para o jogo, e um Diogo Salomão em noite pouco inspirada, o ataque do Sporting ficou refém de um rasgo de Valdés ou de Liedson, o que é francamente pouco.