FC Porto: Villas-Boas afasta vingança contra o Nacional e analisa Benfica

“Quem mostrar sinal de vingança pode cometer erros e nós não o queremos fazer. Temos de ser clarividentes e criteriosos. Se nos alimentarmos só por sede de vingança, podemos cair nesse tipo de erros”, defendeu André Villas-Boas.

O treinador, que falava na antevisão do jogo de quarta-feira com o Nacional, antecipado da 20.ª jornada da Liga, abordou ainda o momento de forma do rival Benfica e as recentes polémicas que envolveram Jorge Jesus.

O Nacional cometeu a proeza de ter sido a única equipa a vencer os “dragões”, para a Taça da Liga (2-1), no Dragão, mas Villas-Boas recorda que o FC Porto “fez um jogo conseguido, que dominou completamente”.

Villas-Boas reconheceu que o Nacional, tal como constatou no jogo de sábado com o Benfica (4-2), no Estádio da Luz, “é uma equipa com uma forte organização e com qualidade individual e coletiva”.

O treinador abordou ainda o momento de forma do Benfica, que soma sete vitórias consecutivas na Liga, considerando que os dragões só têm a ganhar com o rival “fortíssimo e por cima”.

“Seis vitórias consecutivas do FC Porto terão zero de importância, se forem outros a consegui-lo terão já muita importância. Mas nós queremos essa equipa por cima, porque dá-nos jeito”, referiu.

André Villas-Boas recordou que “foi essa equipa fortíssima que o FC Porto venceu na Supertaça”, no arranque oficial da época 2010/11, e defendeu que o Benfica tem sido protegido por alguma comunicação social.

“Parece-me claro, não é novo. O FC Porto agradece porque nos faz chegar ao sucesso. É apenas uma constatação”, disse André Villas-Boas, queixando-se de alguma discrepância no tratamento de informação.

André Villas-Boas abordou ainda o incidente recente que envolveu o treinador do Benfica, Jorge Jesus, no final do jogo com o Nacional, envolvendo uma alegada agressão ao jogador Luis Alberto.

“Eu é que era o miúdo que não me sabia comportar, que não sabia lidar com a pressão e, afinal, o graúdo faz figuras piores”, defendeu o treinador, adiantando que o incidente não é da conta dos portistas.

Villas-Boas sublinhou que “cada um é responsável pelos seus atos''. ''Registo apenas com curiosidade a discrepância na análise destes atos relativamente àquilo que se passou nas minhas duas expulsões. É uma diferença brutal nas opiniões dadas”.