A arbitragem nacional está “dentro dos padrões de satisfação”, considerou hoje o presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Vítor Pereira.
“Ainda não conseguimos a excelência. Estamos dentro dos padrões de satisfação. Trabalhamos o melhor que sabemos e podemos, oferecendo as melhores condições possíveis para que os árbitros treinem duas a três vezes por semana. Estamos dentro de um padrão aceitável”, resumiu.
O dirigente reconhece que a profissionalização da arbitragem será mais um passo para melhorar o desempenho global dos profissionais, mas lembra que esse processo está agora nas mãos do governo.
“Foi dito por Fernando Gomes (presidente da LPFP) que a situação carece de legalização fiscal, segurança social, do próprio enquadramento da contratação de trabalho”, explicou.
E afiançou: “Quando a tutela desenvolver matéria que nos permita regulamentar a parte profissional, estaremos em condições para a implementar. Temos a estrutura preparada e, sob esse ponto de vista, assim que a profissão esteja regulada oficialmente teremos condições para avançar com o projeto”.
Segundo Vítor Pereira, o grau de satisfação revelado pelos treinadores face às arbitragens está “dentro da média dos últimos quatro anos”, baixando apenas escassas “centésimas” em relação às duas últimas épocas: os técnicos que responderam ao inquérito atribuíram uma média de 3,179 pontos numa escala de um a cinco.
A ligeira baixa foi explicada com a introdução de cinco novos árbitros nas competições profissionais – e a sua consequente inexperiência – sendo que do quadro da Liga há ainda outros oito com menos de três épocas e oito com menos de 10.
A média de idades está em 35,4 anos, “um grupo extremamente jovem com larga margem de progressão”.
Segundo foi possível observar, o maior descontentamento dos treinadores com a arbitragem regista-se sobretudo em três parâmetros, os erros graves da equipa de arbitragem com influência no resultado, a uniformidade de critério técnico e disciplinar e a adequação da quantidade de faltas marcadas.
Vítor Pereira analisou e esclareceu ainda um conjunto de lances em vídeo, nomeadamente situações de clara oportunidade de golo, mão na bola, fora de jogo, disciplina e grandes penalidades.