O treinador do FC Porto insistiu hoje na ideia de que espera encontrar quarta-feira, na primeira “mão” das meias finais da Taça de Portugal em futebol, o mesmo Benfica que já derrotou duas vezes na presente temporada.
“Acredito na mesma equipa que defrontei, na mesma organização. Com intervenientes diferentes, mas a mesma equipa”, frisou André Villas-Boas, que bateu os “encarnados” por 2-0 a abrir a época, na Supertaça, em Aveiro, e goleou por 5-0, no Dragão, para a Liga.
O Benfica chega ao Dragão com 10 vitórias consecutivas, mas o técnico portista é da opinião que o “onze” de Jorge Jesus já chegou forte aos dois jogos anteriores.
“A motivação do Benfica parece em alta, fortíssima, pelo que tem vindo a fazer em dezembro e janeiro, o número importante de vitórias consecutivas, mas já estava forte antes da Supertaça e do jogo do campeonato”, frisou.
De acordo com Villas-Boas há apenas um Benfica: “O Benfica a que ganhámos, foi o Benfica campeão e vencedor da Taça da Liga 2009/2010. Não quero acreditar que os princípios tenham mudado”.
No Dragão, Jesus apostou em David Luiz na esquerda, Fábio Coentrão na frente e só com um avançado (Kardec), mas Villas-Boas não pensa que “as alterações tenham sido substanciais”.
“É uma equipa bem organizada, de ataque, que marca um número incrível de golos, mas é a equipa que defrontámos nos dois jogos”, insistiu Villas-Boas, rejeitando, porém, nova goleada, um resultado “muito anormal” num clássico.
O técnico portista foi claro: “Esses resultados não são comuns. Geralmente são curtos e os jogos de grande intensidade. Não me parece que se volte a passar o que aconteceu na primeira volta do campeonato”.
Se o Benfica surge numa sequência de vitórias, o FC Porto vai disputar o primeiro jogo após o adeus à Taça da Liga.
“Perdemos a Taça da Liga, não perdemos a Liga dos campeões. Tem a importância devida e nenhum outra preponderância exagerada, só porque perdermos. Foi uma prova que ficou comprometida desde início”, explicou.
Quanto ao “onze”, André Villas-Boas deixou entender que o colombiano Falcao (marcou nos dois jogos com o Benfica) deve regressar: “Agora tem mais condições para regressar do que na altura”, disse, referindo ao regresso com a Naval 1.º de Maio, após a lesão sofrida em Paços de Ferreira.
O que André Villas-Boas não espera, nem deseja, é conflitos: “A emoção faz sentido, pois este é um clássico do futebol português, mas o que espero é que seja um bom espetáculo e não se faça notar o negativo, a confrontação ou as expulsões. Não é isso que ambiciono”.
“A única coisa que espero é um grande espetáculo e um Dragão cheio, é isso que eu e os jogares ansiamos e queremos. Tudo o que for emoção é positivo para nós”, disse o técnico, confiante no apoio incondicional dos portistas.
André Villas-Boas disse ainda que o resultado, qualquer que seja, não influenciará para as outras competições, e, a fechar, reafirmou que “muito dificilmente” o FC Porto irá ao mercado, que fecha hoje.