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FPF: Direção tenta evitar ação do MP por causa dos estatutos

A direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) mandatou hoje, com caráter de urgência, os seus serviços jurídicos para “ultrapassar os vícios jurídicos” apontados pelo Ministério Público (MP) aos artigos dos seus estatutos que não estão conforme a legislação.

FPF: Direção tenta evitar ação do MP por causa dos estatutos
Futebol 365

O executivo liderado por Gilberto Madaíl tenta assim evitar que o MP avance com uma ação para Tribunal a solicitar a nulidade das normas dos estatutos da FPF que não estão em conformidade com o Regime Jurídico das Federações Desportivas.

Esta diligência do MP, a concretizar-se, colocaria a FPF sob o risco do Tribunal decidir pela anulação de todas as normas dos estatutos que não obedecem à Lei em vigor, comprometendo o funcionamento da própria instituição.

Nesse contexto, o Estado teria a prerrogativa de retirar o estatuto de utilidade pública, por ora suspenso, à FPF, o que, a suceder, abriria a porta ao MP para pedir em Tribunal a extinção do organismo máximo que dirige o futebol português.

A reunião de hoje da direção federativa serviu para debater esta questão, cuja urgência foi determinada pela notificação - recebida esta quarta-feira pela FPF - por parte da Procuradoria Geral da República da Comarca de Lisboa (PGR), concedendo-lhe um prazo de 30 dias para adaptar os estatutos em vigor ao Regime Jurídico das Federações Desportivas.

Na mesma notificação, a PGR dá conta à direção federativa da intenção em intentar uma ação de nulidade prevista no artigo 158º A do Código Civil, em virtude de os atuais estatutos da FPF “padecerem de vícios resultantes da violação de preceitos legais”.

A investigação levada a efeito pela PGR da Comarca de Lisboa que culminou com este ultimato à direção da FPF, foi conduzida por Júlio Pina Martins, coordenador daquela instituição.

No comunicado que fez sair na sequência de reunião de hoje, a direção federativa lembra que a não adequação dos estatutos à normas da UEFA e da FIFA poderá “pôr em causa os superiores interesses das diversas seleções nacionais e dos clubes que participam nas competições europeias e colocar em risco a própria instituição Federação Portuguesa de Futebol”.

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