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O principal campeonato de futebol de Moçambique, “Moçambola”, arranca sábado, depois de sanadas as divergências em relação à jurisdição da arbitragem entre a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) e a Liga Moçambicana de Futebol (LMF).
A disputa da edição 2011 do “Moçambola” chegou a estar ameaçada, depois de a LMF, que organiza a prova, recusar assumir a jurisdição da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF), como pretendia a FMF, que sempre teve sob sua alçada a arbitragem do futebol nacional.
A FMF, entidade máxima da modalidade no país, queria renunciar à responsabilidade pela CNAF por considerar esse passo essencial para a transparência na arbitragem moçambicana.
A arbitragem nacional está a ser alvo de uma investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR) devido a queixas de corrupção.
Mas, a LMF recusou assumir a supervisão da CNAF, alegando que tal não está previsto nos seus estatutos, obrigando a FMF a recuar.
Com o fim das divergências entre os dois organismos, ficou decidido que o “Moçambola” arranca sábado, com o envolvimento das 14 equipas com participação garantida na prova.
O Liga Muçulmana de Maputo, campeão em título, e o Vilankulos FC, uma das equipas sensação da edição passada, disputam o jogo inaugural no campo da última equipa, na província de Inhambane, sul de Moçambique.
Um pouco por todo o país, as restantes 12 equipas do “Moçambola” estão também em prova entre sábado e domingo, iniciando uma disputa que se prolongará até novembro.
Contrariamente às edições passadas, a edição 2011 não conta com nenhum treinador português, mas algumas equipas terão no seu quadro técnico figuras que evoluíram no futebol luso.
O campeão em título vai continuar sob o comando técnico de Artur Semedo, ex-Benfica, Marítimo e Sporting da Covilhã, o Ferroviário de Maputo com Chiquinho Conde, ex-Sporting, Belenenses e Setúbal, e o Desportivo de Maputo com Augusto Matine, ex-Benfica, Setúbal e Estrela da Amadora.
