A proposta de alteração dos estatutos e o regulamento eleitoral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) são dois dos pontos da ordem de trabalhos da Assembleia Geral (AG) extraordinária hoje convocada para 19 de março, em Lisboa.
Da convocatória para a reunião magna extraordinária de 19 de março, às 10:00, no Auditório Manuel Quaresma, na sede da FPF, consta a “apreciação, discussão e votação” da proposta da direção do organismo para adequação dos estatutos e do regulamento eleitoral ao Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD).
Antecedendo a abordagem a estes assuntos, será submetida a votação a aprovação das atas da “Assembleia ordinária e extraordinária de 18 de dezembro de 2010 e da AG extraordinária de 29 de janeiro de 2011”, de acordo com o documento, assinado pelo presidente da Mesa da AG, Avelino Ribeiro.
A AG foi convocada por solicitação da direção da FPF, que apelou “ao bom senso e ao sentido de responsabilidade de todos os sócios, para que sejam evitados graves prejuízos para o futebol português”.
Apesar da suspensão do estatuto de Utilidade Pública Desportiva, a adequação estatutária da FPF ao RJFD já foi chumbada em três AG, a última das quais sessão magna extraordinária de 29 de janeiro, quando uma proposta apresentada pela Liga, pelo Sindicato dos Jogadores e pelos organismos representativos das classes dos árbitros e dos treinadores recebeu 70,6 por cento de votos a favor e 29,4 por cento.
Caso não seja aprovada a 19 de março por uma maioria qualificada, com 75 por cento e mais um voto, a FIFA poderá atuar de imediato, através do Comité de Emergência.
Fonte do organismo revelou à Agência Lusa, logo depois da reunião de quinta-feira do Comité Executivo, em Zurique, que, caso não sejam aprovados os novos estatutos na próxima reunião magna da FPF “o Comité de Associações entregará o dossier ao Comité de Emergência para possíveis sanções, incluindo a suspensão da federação”.
Na carta enviada pela FIFA à FPF, quinta-feira, o organismo é claro: “Se a FPF for suspensa, isso quer dizer que nenhuma equipa portuguesa (incluindo clubes) poderá ter qualquer contacto internacional (...)”.