O secretário de Estado da Juventude e do Desporto disse hoje que a solução para a adequação dos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) é a indicada na carta da FIFA, enviada quinta-feira à FPF.
Laurentino Dias frisou que a carta, que ameaça as seleções e os clubes portugueses de exclusão das competições internacionais, caso não seja aprovado a 19 de março o novo modelo estatutário, ''não é dirigida ao Governo português'', deixando explícito que se destina às associações distritais.
O governante, que declarou ter lido a carta na Comunicação Social, recusou ter ficado preocupado, pois, sublinhou, ''os destinatários é que têm de ficar preocupados'', porque ''têm de assumir as responsabilidades decorrentes do que a FIFA diz''.
''Parece-me bem!'', limitou-se a dizer, em referência ao teor da carta, rejeitando um cenário de afastamento das seleções e dos clubes nos eventos internacionais.
''Não estou convencido disso. Estou convencido de que aqueles a quem a carta se destina percebem a responsabilidade que recai sobre eles'', esclareceu.
O governante reiterou que ''é preciso cumprir a lei do nosso país'' e lembrou que ''faltam 15 dias'' para a AG da FPF, acrescentando que espera que tudo se resolva na sessão magna extraordinária de 19 de março.
''Aplicámos sanções à FPF e não queremos que se eternizem. Esperamos que se cumpra a lei a partir de 19 de março'', disse.
Os estatutos da FPF em consonância com o RJFD foram chumbados por três vezes, a última das quais na sessão magna extraordinária de 29 de janeiro, requerida pela Liga de clubes, pelo Sindicato dos Jogadores e pelos organismos representativos das classes dos árbitros e dos treinadores.
Em março de 2010, Laurentino Dias suspendeu o estatuto de Utilidade Pública Desportiva da FPF.
A 20 de janeiro deste ano foi publicado em Diário da República novo despacho que prorrogou o período de suspensão e retirou apoios ao alto rendimento, às seleções nacionais e à realização de eventos desportivos.