O presidente da Associação de Futebol do Porto (AFP) garantiu hoje que nunca pretendeu prejudicar o futebol português, nem os clubes nacionais, com a decisão de votar contra a alteração dos novos estatutos da FPF.
“Gostaria que pensassem assim: será que aquele homem jurista e experiente tinha consciência que a sua atitude ia prejudicar o futebol português, o FC Porto e o Benfica? Será que iria permitir que esses clubes ficassem fora das competições?”, disse Lourenço Pinto, à entrada para a Assembleia-Geral (AG) extraordinária da Federação Portuguesa de Futebol.
O dirigente associativo sublinhou que tal decisão “não seria juridicamente possível”, pois nunca houve uma discussão profunda “nos órgãos da UEFA e FIFA”, antes de classificar o possível castigo ao futebol português como “um argumento falso”, que serviu para assustar a opinião pública.
A adaptação dos estatutos ao RJFD já foi chumbada em três AG, a última das quais a 29 de janeiro, com os votos contra das associações de Angra do Heroísmo, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Horta, Leiria, Portalegre, Porto e Viana do Castelo, bem como os enfermeiros e massagistas (ANEDMF).
Na ocasião, a proposta submetida pela Liga de Clubes recebeu 70,6 por cento de votos a favor, quando, para aprovação, são necessários 75,0 por cento, no universo de 500 votos, sendo que se houver 126 contra (25 por cento mais um) a proposta não passará.
No entanto, as Associações de Futebol de Castelo Branco e Portalegre já anunciaram a mudança do sentido de voto e a estrutura de Braga assegurou que “no limite” não vai colocar obstáculos à aprovação.
Para que os novos estatutos sejam aprovados nesta AG, é preciso que haja 75 por cento dos votos, mais um, num universo de 500 votos, sendo que se houver 126 contra (25 por cento mais um) a proposta não passará.