A proposta de revisão dos estatutos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi hoje aprovada na generalidade por “maioria qualificada” pelos sócios ordinários do organismo, em Assembleia-Geral (AG) extraordinária.
Dos 475 votos, o total do quórum da reunião magna após o abandono da Associação de Futebol de Braga, 384 foram a favor, o que corresponde a 80,8 por cento, quando eram necessários 75,0 por cento, mais um, e 91 contra (19,2 por cento).
As estruturas distritais e regionais de Angra do Heroísmo, Bragança, Guarda, Horta, Leiria, Porto e Viana do Castelo, assim como a associação que representa os enfermeiros e massagistas votaram contra.
Relativamente à reunião magna de 29 de janeiro, as associações de Castelo Branco, Coimbra, Évora e Portalegre votaram favoravelmente, mudando de sentido de voto, enquanto Braga, que também se tinha oposto ao documento, ausentou-se antes da votação e reduziu o quórum.
Estes votos juntaram-se aos correspondentes aos da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, das estruturas representativas dos médicos, dos dirigentes, dos treinadores, dos árbitros e das associações de Algarve, Aveiro, Beja, Lisboa, Madeira, Ponta Delgada, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu, que já tinham votado a favor.
A proposta de adaptação dos estatutos da FPF ao Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD), decorrente da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, foi submetida pela direção federativa.
Após a votação e aprovação na generalidade, segue-se a discussão e votação na especialidade dos estatutos, que deverá continuar a contar com a resistência do movimento associativo relativamente aos artigos sobre a limitação de mandatos, método de Hondt e da representatividade na AG, e do novo regulamento eleitoral.
A AG foi interrompida após a divulgação dos resultados e será retomada às 14:15.