O PSD de Matosinhos considera um “desplante” que a autarquia pretenda comprar dois campos de futebol e apresenta hoje um cartaz informativo sobre o referendo que pretende realizar e para o qual se encontra a reunir assinaturas.
“Este cartaz diz ‘Crise, qual crise? A câmara de Matosinhos quer gastar 7,5 milhões de euros na compra de dois campos de futebol com dinheiro dos matosinhenses. Exigimos um referendo’”, explicou à Lusa o líder do PSD local, Pedro da Vinha Costa.
Para o social-democrata, “é uma vergonha que, numa altura de crise, a câmara municipal tenha o desplante de querer gastar 7,5 milhões de euros de dinheiro dos matosinhenses na compra de dois campos de futebol (Leça e Leixões)”, considerando que “têm que haver outras prioridades”.
“Como única forma que temos de chamar à razão a câmara municipal, relativamente a este aspeto, optamos pela convocação de um referendo através da recolha de assinaturas por parte dos munícipes”, acrescentou.
A recolha de assinaturas já começou pelas ruas do concelho, tendo já sido reunidas “uns milhares”, garantiu Pedro da Vinha Costa, salientando serem necessárias cinco mil antes de o referendo ser proposto à Assembleia Municipal que o terá de aprovar.
A pergunta a ser colocada, disse, “já está definida e resulta de um trabalho que foi feito com o apoio de constitucionalistas do PSD, designadamente Paulo Mota Pinto e Luís Marques Guedes”.
“Concorda ou não com a compra pela Câmara Municipal de Matosinhos dos estádios de futebol do Leixões SC e do Leça FC?”, será a questão a colocar aos moradores do concelho.
Pedro da Vinha Costa explicou que “nada move” o PSD contra os clubes em questão.
“O que pensamos é que um país, um concelho, uma pessoa, em momentos de crise tem que fazer opções e saber distinguir o que é mais do que o que é menos importante. É para nós inaceitável que a câmara corte em 40 por cento o subsídio aos bombeiros e tenha dinheiro para comprar dois campos de futebol”, exemplificou.
O primeiro outdoor sobre o referendo é hoje apresentado pelas 11:30 junto à Câmara Municipal de Gaia.
Pedro da Vinha Costa espera que todo o processo de recolha de assinaturas seja concluído até ao final do mês de abril.