O subintendente Costa Ramos, responsável pelo dispositivo policial destacado para o jogo de futebol Benfica-FC Porto, criticou os dirigentes ''encarnados'' por no final ''terem dado ordem para apagar as luzes e acionar o sistema de rega''.
“Ao desligarem as luzes e ao ligarem a rega puseram em causa a segurança dos agentes da polícia em serviço no interior do estádio e isso não pode voltar a acontecer”, disse Costa Ramos, que revelou ter manifestado aos responsáveis do Benfica o seu ''desagrado'' por aquela decisão, que podia ter tido ''consequências lamentáveis''.
O FC Porto assegurou no domingo a conquista do 25.º título nacional, ao ganhar em pleno estádio da Luz o Benfica por 2-1.
Quanto aos incidentes antes do jogo, na sequência dos quais se registaram várias detenções e até alguns feridos, Costa Ramos rejeitou a ideia de ter havido falha de planeamento: “Uma coisa é estar preparado para qualquer alteração da ordem, outra é planear que uns quantos indivíduos vão arremessar 20 ou 30 pedras que podem estar em cinco, 10 ou 20 sítios”.
Para o subintendente, “não é possível planear” uma ocorrência como a que referiu, quando indivíduos que “não sabem comportar-se têm atitudes condenáveis”, razão pela qual considerou “não ter havido qualquer falha a nível de planeamento”.
“Repare que os incidentes foram provocados por alguns adeptos do Benfica e envolveram apenas a polícia”, disse Costa Ramos, lembrando que ''a caixa de segurança'' montada à volta dos cerca de cinco mil adeptos do FC Porto revelou-se ''eficaz e correu em conformidade com o que foi planeado''.
O responsável pela força policial revelou ainda terem sido detidos “11 adeptos `encarnados´”, seis dos quais por “terem arremessado pedras”, dois “por atitudes agressivas para com a polícia”, dois por “transportarem material pirotécnico” e um por “atirar com berlindes” para o banco do FC Porto, os quais “atingiram um agente policial”.
Entretanto, a saída dos adeptos do FC Porto do Estádio da Luz até ao local onde se encontravam as 30 camionetas que o levaram para o Porto, num descampado em Carnide, e que se processou a pé, decorreu sem incidentes, apesar de algumas trocas de provocações com adeptos ''encarnados'' ao longo do percurso.
Os adeptos portistas tiveram de aguardar cerca de uma hora para abandonarem o estádio e o cordão de segurança montado pela polícia ao longo de cerca dos três quilómetros até ao local onde se encontravam as camionetas impediu qualquer incidente.