O presidente do Governo Regional da Madeira atribuiu hoje ao Marítimo a responsabilidade da paralisação das obras de remodelação do Estádio dos Barreiros, no Funchal, por ter sido a entidade que escolheu o consórcio que assumiu a empreitada.
O governante madeirense reconhece, no entanto, que o clube está a sentir algumas dificuldades no acesso ao crédito, através da banca, devido à situação financeira do País.
“A opção da escolha do empreiteiro foi da responsabilidade do Marítimo. Foi o clube quem arranjou este consórcio, mas ouço outros empreiteiros dizerem que, se fosse com eles, a obra já estaria pronta”, observou Jardim, em declarações na Escola Gonçalves Zarco, no Funchal.
“Há uns empreiteiros que dão mais crédito e outros que dão menos crédito ao Marítimo, isto é uma baralhação e eu não quero meter-me nisso”, sublinhou Alberto João Jardim, descartando a responsabilidade do Governo Regional.
“O que eu tinha a fazer já fiz, que foi dar o aval à obra”, afirmou, reconhecendo que o clube tem tido “algum azar”.
“O Marítimo tem o azar ao deparar-se com a situação da banca que não é fácil, já que eles, para não correrem mais riscos, estão a segurar os créditos, até mesmo com as instituições públicas”, adiantou.
A propósito da banca, Jardim não compreende a estratégia do Estado nesta matéria.
“Não é falta de crédito, o problema é de liquidez, isto é de dinheiro vivo para poder fazer as operações e o País precisa de encontrar soluções, porque não pode estar subordinado às estratégias da banca, mas sim a banca é que tem que estar subordinada à estratégia do Estado”, sustentou.
As obras de remodelação do Estádio dos Barreiros estão paradas desde outubro do ano passado.