O técnico do Benfica, Jorge Jesus, considerou hoje que goleada (4-1) imposta ao PSV Eindhoven, na Liga Europa, tornou a “noite quase perfeita”, mas lembrou que no futebol “tudo é possível”.
“O quarto golo dá-nos muita margem de vantagem para passarmos esta eliminatória, mas no futebol tudo é possível. Em casa, o PSV joga muito mais”, afirmou Jorge Jesus em conferência de imprensa, após o encontro da primeira mão dos “quartos”, no Estádio da Luz.
O técnico “encarnado” defendeu que a sua equipa “esteve muito bem do ponto de vista coletivo” e voltou a sair em defesa do guarda-redes Roberto, que hoje voltou a estar mal no único golo sofrido pelo Benfica.
“Se estamos nos quartos de final é porque o Roberto teve grande responsabilidade na última eliminatória com o PSG. Esteve excelente”, frisou.
Jesus congratulou-se ainda com os bons resultados das equipas portuguesas (Benfica, FC Porto e Sporting de Braga) na Liga Europa e explicou o “segredo”.
“Em Portugal, conseguimos descobrir grandes jogadores, muito mais baratos e depois sabemos valorizar. Este sucesso é o resultado de direções fortes e de toda a estrutura dos clubes”, referiu.
O técnico luso admitiu que gostava de contar com o argentino Salvio, que hoje assinou dois golos, para a próxima temporada, mas está “consciente” que essas “decisões não passam muitas vezes pelos treinadores”.
“São casos que as SAD têm que gerir de acordo com a situação. Fizemos crescer o Salvio, é um excelente jogador, um excelente profissional. Pedir para ele fica é uma coisa, termos possibilidades é outra coisa”, disse.
Por seu turmo, o treinador do PSV Eindhoven assumiu que a sua equipa foi “inferior e dominada” pelo Benfica e lamentou principalmente o golo de Saviola nos descontos.
“O quarto golo acabou com a nossa equipa e não podia ter acontecido. Fomos inferiores em todos os aspetos. É duro para a equipa”, lamentou Fred Rutten.
O técnico holandês lembrou que “há sempre esperança” na eliminatória e ficou “surpreendido” com o efeito que a moldura humana presente no Estádio da Luz teve nos seus jogadores.
“Não sei explicar, os jogadores parece que ficaram assustados com o estádio e com ambiente e logo ai ficaram limitados”, concluiu.